sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Passos Coelho admite aproveitar reforma do Estado para corrigir eventuais desvios em 2013 | iOnline

Passos Coelho admite aproveitar reforma do Estado para corrigir eventuais desvios em 2013 | iOnline

O primeiro-ministro assume que "Plano B" deverá passar por medidas no âmbito da revisão das políticas públicas em curso e argumenta que actual Estado social tem “pés de barro”.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que o Governo poderá adotar medidas adicionais em 2013 para corrigir eventuais desvios orçamentais e que o poderá fazer no âmbito da revisão das políticas públicas em curso.
Pedro Passos Coelho reiterou que o "plano B" do Governo para corrigir eventuais desvios à execução orçamental é "o compromisso" que o ministro das Finanças assume em nome do executivo e que "renova a cada três meses" de tomar todas as medidas que forem necessárias para corrigir desvios que possam ocorrer".
O primeiro-ministro, que respondia a uma pergunta do deputado do PCP Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal no Parlamento, acrescentou que, caso seja necessário, o Governo identificará medidas de correção no âmbito da "revisão das políticas públicas".
"No âmbito do exercício de revisão de políticas públicas a que o Governo está a proceder não deixaremos de identificar medidas também que possam ser utilizadas em 2013 para esse fim se isso for necessário", disse.
Instado pelo secretário-geral comunista a identificar, no relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), uma medida que atinja os "grandes interesses e o capital financeiro", Passos Coelho argumentou que o FMI entendeu "concentrar a sua atenção nas variáveis mais relevantes da despesa".
"Desse ponto de vista, o relatório é um suporte importante e bem estruturado para o exercício que devemos fazer tendo em conta poupanças que precisamos de encontrar, mas evidentemente muito incompleto", disse.
Passos Coelho acrescentou que o objetivo do Governo é "abarcar muitas outras matérias da reforma do Estado que não se confinam apenas a obter poupanças mas outros aspetos qualitativamente relevantes das políticas públicas".
O primeiro-ministro já tinha defendido no debate e a propósito da reforma do Estado que o Estado social construído nas últimas décadas "tem pés de barro" e que o Governo quer defendê-lo, tornando-o "sustentável" e "real".
"O Estado social que o país soube construir nas últimas décadas tem pés de barro", afirmou passos Coelho.
O primeiro-ministro respondia ao líder do BE e deputado João Semedo, que abriu hoje o debate quinzenal com o Governo, no Parlamento, e acusou o Executivo de fazer uma "terraplanagem" ao Estado social.
Na resposta, Passos Coelho disse que "Portugal em 2011 não tinha dinheiro para pagar o Estado social, nem o resto".
"Nós queremos defender o Estado social, de tal maneira que possa ser sustentável para os portugueses, portanto, real, e não uma ilusão", disse.

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