segunda-feira, 11 de março de 2013

Quase metade das fundações tinha mais de cinco administradores | iOnline

Quase metade das fundações tinha mais de cinco administradores | iOnline

As fundações tinham 1180 administradores. Os gastos com pessoal pesavam mais de 50% em 36 entidades.

O censo às fundações portuguesas detectou 1180 administradores num universo de 213 fundações. Quase metade das que responderam, 45,5%  o que equivale a 97 instituições, revelaram ter um número superior a cinco administradores. No entanto, o relatório sobre o sector assinala que 17 fundações não responderam à pergunta sobre o número de gestores. O levantamento revela que a maioria dos que responderam, cerca de 48%, tem um número de administradores inferior a cinco.
O Estado tem o direito de nomear a maioria dos órgãos de administração em 42 fundações, mas os privados são dominantes nesta matéria, sendo os únicos responsáveis por indicar cerca de 100 administrações e tendo a maioria em mais 33 instituições. Neste levantamento foram ainda detectados 748 titulares de cargos em órgãos de fiscalização, a maioria dos quais está associado a fundações privadas.
O universo avaliado representava 25 138 colaboradores, dos quais 3,8% desempenhavam cargos dirigentes. O peso relativo dos dirigentes é mais elevado nas fundações com estatuto público-privado. Aliás este regime jurídico, aplicável a fundações criadas por uma entidade pública e uma entidade privada de direito privado sem nenhuma deter a influência dominante, era responsável por 51% do número total de trabalhadores.
Pessoal pesa mais nos gastos em 18% Em 36 das fundações examinadas, o peso das despesas com o pessoal no total dos encargos da fundação foi superior a 50% no período em causa (2008/10). O número representa 18% do universo analisado. Este era um dos critérios mais importantes para a nota final da fundação e a proposta de eliminação ou redução dos apoios. O relatório mostra que a fatia dos gastos com pessoal era mais pesada nas fundações públicas de direito privado, situação verificada em 26% destas fundações. Este regime jurídico aplica-se a fundações criadas por entidades públicas, com pessoas de direito privado, em que as primeiras dominam.
O número de voluntários identificado foi de 32,3%, mas esta percentagem quase duplica, para 62% do total de colaboradores nas fundações totalmente privadas. Estes colaboradores eram mais de 8000 em 2010.
Já nas fundações público-privadas ou públicas de direito privado, a percentagem de voluntários é pouco mais do que residual, inferior a 5%. É também nas entidades com maior vínculo ao Estado que se encontram mais colaboradores com vínculo laboral sem termo.
Sobre a evolução do património, o relatório destaca que 75 fundações mais que duplicaram o valor de partida, enquanto 19 perderam mais de 50% do activo inicial. Em 2010, o património das fundações estava valorizado em 5,2 mil milhões de euros.

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