sexta-feira, 22 de março de 2013

'Sócrates chegou, Seguro censurou' - Política - Sol

'Sócrates chegou, Seguro censurou' - Política - Sol

Poucas horas depois do PS ter aprovado (antem à noite) a apresentação de uma moção de censura ao Governo, o primeiro-ministro vem ao Parlamento para o debate quinzenal. A situação económica e financeira do país, no quadro da sétima avaliação da troika, deverá estar no centro de debate entre as bancadas parlamentares e Passos Coelho. Acompanhe o debate com o SOL ao minuto.
10h33: Primeiro-ministro - «Eu não estou zangado com ninguém. Nem com o senhor deputado», afirmou Passos Coelho.
10h28: António José Seguro (PS) - O líder do maior partido da oposição apontou o défice acima do previsto; a dívida acima da prevista; os quase 1 milhão de portugueses desempregados; a economia numa espiral recessiva «de onde o senhor não consegue sair». Seguro disse que Passos Coelho «está zangado com toda a gente» e classificou como «arrogância política» e indisponibilidade anunciada do Governo de não conversar sobre o aumento do salário mínimo nacional. «Chegou ao fim do seu mandato», concluiu Seguro.
10h27: António José Seguro (PS) - «O seu Governo, senhor primeiro-ministro, chegou ao fim», afirmou o líder do PS.
10h26: Primeiro-ministro - «Desenganem-se que este Governo tem carácter e resistirá», afirmou Passos Coelho na conclusão da sua intervenção, numa referência à moção de censura do PS.
10h20: Primeiro-ministro - Sobre o aumento do salário mínimo nacional, Passos Coelho garantiu que o Governo não irá associar-se aos parceiros sociais no debate à volta do aumento do salário mínimo, uma proposta amplamente debatida pelo PS, BE e PCP. Passos afirmou que «aumentar o salário mínimo seria o maior presente envenenado que poderíamos dar às empresas e ao país», já que «agravaria a perspectiva sobre o desemprego e a credibilidade externa de Portugal».
10h16: Primeiro-ministro - Passos Coelho começou a sua intervenção por afirmar que «só não comete erros quem não toma decisões». O primeiro-ministro sublinhou que o Executivo de maioria PSD/CDS está a cumprir um programa negociado pelo PS. Em 2009, recordou Passos Coelho, o défice também ficou acima do esperado e o Governo de então responsabilizou a Europa pela incapacidade interna de travar o endividamento externo e o descontrolo nas contas públicas. Ora, o primeiro-ministro claramente a optar por fazer uma espécie de retrospectiva para explicar que os problemas estruturais vêm de trás.
10h05: Luís Montenegro (PSD) - O líder parlamentar começou a sua intervenção com uma referência ao regresso de José Sócrates. «José Sócrates voltou, António José Seguro censurou», afirmou o social-democrata, arrancando um aplauso da bancada laranja. O social-democrata acusou os socialistas de entrarem «numa esquerda radical» contribuindo, deste modo, para a «instabilidade política». O PSD, disse, «recusa o egoísmo do PS». A abertura do debate, do lado do PSD, fica ainda marcada pela enumeração de alguns sinais que apontam para a «retoma económica» e para «evitar um segundo resgate internacional». «Onde estávamos hoje se tivéssemos optado pela receita do Partido Socialista?», questionou Luís Montenegro para depois associar Sócrates e Seguro como os responsáveis pela política que obrigou Portugal a pedir ajuda internacional. Luís Montenegro anunciou ainda a bancada social-democrata «vai chumbar» uma iniciativa do PS que se traduz em «tacticismo político». O social-democrata afirmou ainda que «esta moção de censura vem vários anos atrasada. Devia ter vindo em 2009 ou em 2010».
10h01: Passos Coelho, primeiro-ministro, Miguel Relvas, ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Carlos Moedas, secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, e Teresa Morais, secretária de Estado dos Assuntos Parlamentares já estão sentados na bancada do Governo. O PSD será o primeiro partido a ter a palavra.

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