quinta-feira, 28 de março de 2013

A entrevista de Sócrates minuto a minuto - Política - Sol

A entrevista de Sócrates minuto a minuto - Política - Sol

Leia aqui a entrevista de José Sócrates à RTP 1, acompanhada ao minuto pelo SOL. O ex-primeiro-ministro do PS acusou Cavaco Silva de ter sido «um opositor» e ter feito «tudo para haver uma crise política» em 2011. Para o actual Governo deixou duas recomendações: «parem de escavar» e revejam o «discurso» porque «não há país que possa ser governado sem esperança».
22h40 - Terminou a entrevista a José Sócrates na RTP 1
22h37 - «Quero contribuir para a pluralidade do debate político», afirmou Sócrates retomando a ideia com que abriu a entrevista: «nãoregresso para me candidatar a qualquer cargo político».
22h36 - «Reparei que o Correio da Manhã fez uma campanha ignóbil contra mim», ausou Sócrates dando conta de que teve conhecimento do que foi dito pelo diário, nomeadamente que Sócrates, alegadamente, tinha uma vida de luxo em Paris, que viu três vezes recusada a sua entrada na Universidade em Paris e que quem lhe pagaria as contas era a sua mãe. Aliás, sobre esta última acusação, Sócrates avançou com o facto: «pedi ao meu banco um espestimo para ir viver para Paris»
22h35 - «Quando perdi as eleições acheique era o momento de cumprir um sonho: fazer o ano sabático, viver no estrangeiro e estudar. E também recuperar algum tempo com os meus filhos»
22h33 - «Passos Coelho nunca me disse que a estrategia que ele tinha era empobrecer o país.
22h32 - «Este governo matou as expectativas. Não há país que possa ser governado sem esperança. O dever de um governante é traçar um rumo».
22h30 - José Sócrates deixa alguns conselhos para o actual Governo liderado por Passos Coelho: «acabar com a austeridade e alterar o discurso político». Vítor Gonçalves perguntou se se tratava de vender ilusões. Sócrates negou: «esta é a critica que me faziam». O ex-primeiro-ministro socialista preferiu antes falar em «confiança». E apontou,  mais uma vez, armas a Passos: «um político que diseste da confiança, que desiste de puxar pelas energias do país, que desiste do futuro, é um político que não está a altura».
22h29 - Se o Tribunal Constitucional chumbar as normas do Orçamento do Estado para as quais foram pedidas ficascalização pelo Presidente da República, PCP, BE e PEV,  este Governo «fica muito afectado». Para Sócrates, «fazer da sua principal lei duas vezes chumbada diz muito de um Governo»
22h28 - «Este Governo tem um problema de comando político, de direcção política, e tem hoje um desgaste. Infelizmente não vejo condições para que este Governo desenvolva aquilo que é preciso fazer.
22h27 - «Nacionalizar o BCP foi o melhor a fazer tendo em conta a informação de que dispunha. Temia uma crise financeira sistémica»
22h26 -«Se eu soubesse que ia haver uma crise da dívida soberana nunca teria formado um Governo minoritário»
22h25 - O jornalista Paulo Ferreira questiona a afirmação de Sócrates sobre os encargos futuros com as PPP deixados pelo ex-primeiro-ministro socialista. Sócrates reage: «Estes números não encaixam na sua narrativa»
22h23 - «Os encargos futuros com as PPP que eu deixei são inferiores aos que encontrei do anterior Governo [Santana Lopes]»
22h22 - «Quanto às PPP vai aí uma história muito mal contada»
22h20 -«Não reconheço que tive uma política despesista»
22h16 - «Esta narrativa que muitos de vocês repetem [jornalistas] destina-se a fazer esconder aquele período entre 2007 e 2009 em que se baixou o défice, em que houve investimento em tecnologia»
22h13 - «Ninguém advinhou esta crise», começa por afirmar Sócrates para justificar os aumentos na função pública em 2009. Aumentos estes que não foram constestados pela oposição nem por Manuel Ferreira Leite, então líder do PSD, recorda Sócrates.
22h10 - «Em 2009 tínhamos uma doutrina na Europa: precisavamos de aumentar o poder de compra, aguentar a crise e de apoiar as famílias. Foi nesta circunstância que decidi que devíamos aumentar os funcionários públicos».
22h10 -  Sócrates garante que os números da dívida pública ou da despesa pública ao longo dos seus mandatos não atiravam o país para uma situação tão difícil como a de hoje.

22h05 - Sócrates considera que «o Governo meteu-se num buraco e acha que para sair deste governo deve continuar a escavar». Neste quadro de «austeridade sem crescimento económico», o ex-governante deixa uma apelo ao Governo da maioria PSD/CDS: «Parem de escavar! Não é com austeridade que vão conseguir. Parem com esta loucura!».
22h03 - «Eu acho que o país tem legítima necessidade de parar com a austeridade».
22h00 - «No memorando não estava previsto nem o corte no 13º mês, nem corte no subsídio de férias, nem o aumento do IVA na restauração, nem o aumento para a taxa máxima na electricidade», garante Sócrates reforçando a ideia de que o memorando actual foi entretanto alterado por decisão do Governo. «Desculpa de mau pagador», resume Sócrates.
21h58 - «[...] Um Governo que aplica um memorando ao longo de dois anos e nada diz só agora é que vem dizer que estava mal desenhado?»
21h57 - «O que o Governo fez nos ultimos dois anos foi aplicar o dobro que estava previsto no memorando inicial. O memorando já foi alterado 7 vezes», sublina Sócrates que na qualidade de primeiro-ministro negociou a primeira versão do plano com a troika.
21h56 -«As consequências da crise política de 2011 estão à vista».
21h55 - «Oh homem, estou-lhe a dizer...», diz Sócrates ao jornalista Paulo Ferreira no seu melhor estilo.
«Quando anunciei ao país que Portugal ia chamar o FMI foi no momento em que percebi que não havia volta a dar».
21h51 -«A oposição dizia que nã havia nenhum problema em Governar com o FMI», recorda Sócrates que garante ter havido pessoas e instituições que «clamavam pelo FMI»
21h50 - «Hoje olhe para trás e digo que lamentavelmente muitas das instituições portuguesas baixaram os braços e eu lutava para não pedir ajuda externa. [...] Muita gente na altura estava equivocada sobre ajuda externa».
21h48 -«Eu fiz tudo para Portugal não pedir ajuda»
21h47 - «O PR está vinculado com a actual solução política. Repare na duplicidade de critérios e de discursos com o anterior Governo e com este», repete Sócrates.
21h45 -«O senhor Presidente da República fez tudo para haver uma crise política», diz Sócrates.
21h41 - «O senhor Presidente sempre usou dois pesos e duas medidas ao tratar com o anterior Governo e ao tratar com o actual», afirma.
21h40 -  Sócrates recorda o discurso de tomada de posse do Presidente da República em que Cavaco Silva avisou que havia limites para o esforço dos portugueses.
21h39 -«O senhor Presidente da República não tem nenhuma autoridade moral para falar com o anterior Governo sobre lealdade institucional», repete Sócrates.
«O senhor PR assumiu-se como um opositor ao Governo», acusa Sócrates.
21h38 - «Não reconheço no senhor Presidente da República nenhuma autoridade moral para me dar lições de lealdade institucional», afirma.
21h37 - «Acho extraordinário este comportamento do senhor Presidente da República», afirma José Sócrates numa referência às acusações de Cavaco Silva de que a não apresentação do PEC IV em Belém antes de ser apresentado em Bruxelas constítuia «deslealdade política». Ideia, de resto, que Cavaco fez questão de voltar a sublinhar no prefácio do livro que lançou no ano passado.
21h35 - «O chumbo do PEC IV criou uma crise política e conduziu Portugal à ajuda externa. Eu tinha uma solução que foi chumbada aqui em Portugal. Depois de aprovada em Bruxelas. Eu assume as responsabilidades que tenho. Os outros que assumam as suas», afirma Sócrates.
21h33 - «Durante duas semanas fiz um apelo a todos os líderes políticos para aproveitar o PEC IV», recorda José Sócrates para reiterar que a aprovação do PEC IV teria permitido a Portugal estar numa situação idêntica à que está Espanha e Itália.
21h31 - «O que me garante que o PEC IV teria sucesso foram as garantias da Comissão Europeia, Conselho Europeu e do Banco Central Europeu», explica Sócrates.
21h30 - Sócrates diz que «assumo todas as responsabilidades da minha governação e não aquelas que me querem incutir», afirma Sócrates que reitera, mais uma vez, de que «foi o anterior Governo que nos obrigou a pedir ajuda externa. Não foi», garantiu o antigo primeiro-ministro para quem o chumbo do PEC IV foi, efectivamente, o grande resposável pelo pedido de ajuda internacional.
21h28 - «Foram os mercados financeiros com base na sua ganância, e com os seus mecanismos incorrectos, que levaram ao endividamento dos países», afirma.
21h26 - «Há crise mundial em Portugal juntou-se a questão do alargamento da UE e do Euro», disse.
21h24 - Sócrates recorda algumas das apostas do seu mandato: Educação, Energia e atracção de investimento estrangeiro e enumera algumas das fábricas que se instalaram no país durante este período.
21h22 -«Aceito as minhas responsabilidades não a que os meus adversários políticos me querem atribuir», afirmou Sócrates.
21h21 -«Espero que a RTP confirme que fui convidado. Não fui eu que me convidei», apelou Sócrates para esclarecer os comentários que vieram a públicos nas últimas semanas sobre a possibilidade de ter sido Sócrates a 'convidar-se'para um programa de comentário político. José Sócrates garantiu ainda que a sua colaboração será gratuíta.
21h19 - Sócrates associa as declarações de Morais Sarmento, esta semana, sobre o seu regresso, a uma «atitude da direita» que baseia-se em «ataques pessoais».
21h18 -«A atitude do PS deixou que os meus opositores me atacassem», disse o ex-primeiro-ministro.
21h16 - Sócrates rejeita as acusações de que é o responsável pela crise em Portugal. «Esta é a narrativa que a Direita apresentou ao país», afirmou Sócrates.
21h15 -«Acham que não tenho direito a defender-me?», questiona Sócrates.
21h13 - «Há quatro ex-líderes do PSD a fazer comentário político. Assim que um ex-líder do PS recebe um convite as pessoas dizem que não pode», afirma Sócrates numa reacção às petições que surgiram nas redes sociais contra o seu regresso.
21h11 - Sócrates garante que não será candidato a Belém, acusando alguns comentadores políticos de especular sobre as intenções do seu regresso. «Quero contrariar esta narrativa que tem sido apresentada aos portugueses e contribuir com a minha verdade», sublinhou.
21h08 - «Não tenho nenhum plano para regressar à vida política activa. Este não é o meu desejo», esclareceu José Sócrates sobre a possibilidade de o seu regresso fazer parte de um plano para uma eventual candidatura à Presidência da República, em 2015.
21h08 - «Há um tempo para tudo na vida. Este é um tempo para tomar a palavra. E é isso que pretendo fazer. Tomar a palavra», começou por dizer Sócrates, que diz ser tempo de esclarecer todas as acusações que têm recaído sobre o antigo primeiro-ministro.
21h07 - Começa a entrevista a José Sócrates, conduzida pelos jornalistas da RTP Paulo Ferreira e Vítor Gonçalves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário