quinta-feira, 21 de março de 2013

Espionagem via telemóvel está no auge, alertam especialistas - Dinheiro Vivo

Espionagem via telemóvel está no auge, alertam especialistas - Dinheiro Vivo

A ciber-espionagem através de aparelhos móveis atingiu um pico em 2013, segundo os dados da especialista em segurança Kaspersky Lab. A prática, que começou eu 2009, está em níveis preocupantes e abrange o roubo de dados dos telemóveis, o rastreio de pessoas através desses dispositivos e os serviços de geolocalização."O número de programas maliciosos que, pelo seu comportamento, são classificados como 'Spy-Trojans' ou 'backdoors' tem crescido significativamente durante o último ano", informa a Kaspersky. "Também se destaca o aumento no número de aplicações comerciais de monitorização, que muitas vezes são difíceis de diferenciar dos programas maliciosos."
A empresa avisa que ter o telemóvel desligado não evita que o código de espionagem instalado funcione. "O 'Trojan' pode utilizar vários truques engenhosos para passar despercebido, como por exemplo simular o desligar do telemóvel, com o fundo negro do ecrã e o tom de despedida, quando na realidade o dispositivo permanece em operação e com o gravador ligado, sem que o utilizador se aperceba disso", explica a Kaspersky.
Um dos maiores exemplos é o FinSpy, desenvolvido pela empresa britânica Gamma International, que cria software de monitorização para organizações estatais. Este programa tem, segundo a Kaspersky, funcionalidades de 'Spy-Trojan'. The Citizen Lab descobriu versões móveis do FinSpy em Agosto de 2012 para as plataformas Android, iOS, Windows Mobile e Symbian.
Embora haja diferenças entre elas, "todas podem fazer o rastreio de praticamente todas as operações dos utilizadores no dispositivo infetado, seguir o seu paradeiro, fazer chamadas em segredo e enviar informação para servidores remotos."
"A instalação de um software espião é mais fácil do que parece, basta ter acesso ao dispositivo móvel durante alguns minutos", explica o analista sénior de malware da Kaspersky Lab, Vicente Díaz. "E isto até pode ser feito de forma remota, conseguindo que a vítima clique num link que lhe chegou via SMS ou correio electrónico. Uma vez instalado o malware de forma furtiva no dispositivo, pode-se aceder ao email ou utilizar esse telefone como microfone."
Quase todas as empresas de segurança já oferecem uma solução para smartphones, sendo que nalgumas plataformas o risco é maior - o Android, por ser o sistema operativo mais popular, tem sido o alvo preferencial.
Leia aqui o relatório completo da Kaspersky Lab sobre ameaças móveis.

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