segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Rede low cost. Se não puder cumprir a lei, Galp fecha o posto | iOnline

Rede low cost. Se não puder cumprir a lei, Galp fecha o posto | iOnline

“Não sei como é que o Estado vai obrigar uma empresa a vender o que ela não quer”, comentou o presidente da Galp Energia quando questionado sobre o que vai a empresa fazer em relação à intenção do governo de impor a oferta de combustíveis low-cost nas redes das petrolíferas. Manuel Ferreira de Oliveira não quer para já comentar até porque não sabe o que o governo tenciona legislar, mas deixa já o aviso. A “empresa cumpre a lei, mas se não puder cumprir porque perde muito dinheiro, fecha a estação de serviço”.
A Galp já está a racionalizar o negócio do retalho dos combustíveis que em Portugal caiu 9% no ano passado e cuja actividade a nível ibérico, incluindo refinação e distribuição, deu prejuízos no ano passado. A racionalização passa pela passagem de áreas de serviço exploradas directamente pela companhia, para revendedores que têm custos mais baixos. “Fazemos o que todas as empresas podem fazer, o investimento está no mínimo, estamos a otpimizar operações, renegociar contratos e racionalizar muito o capital humano, mas sem criar desemprego”. O mercado ibérico de combustíveis caiu para níveis dos anos 90, acrescentou o presidente da Galp durante a apresentação dos lucros de 2012, mas isso não é perpétuo, “vamos sair desta fase difícil”. Apesar as fortes quedas nas vendas de grandes áreas de serviço nas auto-estradas, a Galp cumpre os seus contratos. “Mesmo a sangrar cumprimos, mas se alguém quiser postos em auto-estradas podemos oferecer”.
A Galp Energia lucrou 359 milhões de euros, o que representa um crescimento de 43% face a 2011. Os lucros foram puxados pela actividade de exploração e produção petrolífera, pela comercialização internacional de gás natural e pelas exportações. “Do resultado operacional, só 35% é feito na Península Ibérica e foi o que nos protegeu deste tsunami”, sublinhou o presidente executivo da empresa.

Moçambique tem gás para 30 anos de consumo em Portugal

A operação internacional de exploração e operação vai continuar a ser central no plano de negócios da Galp e nos investimentos. A par do Brasil, Moçambique surge como o palco do próximo grande investimento da empresa. As reservas de gás natural em Cabo Delgado são suficientes para abastecer o mercado nacional durante de 30 anos. O investimento total do consórcio da qual a Galp faz parte pode ascender a 80 a 100 mil milhões de dólares (75 mil milhões de euros) de forma faseada. Ferreira de Oliveira estima que a produção de gás natural liquefeito em Moçambique arranque até 2018. Em Angola, está em fase final de decisão o investimento para o desenvolvimento do Bloco 32. A Galp entrou recentemente em pesquisa em Marrocos e Namíbia e a empresa vai estudar os leilões de novas áreas de exploração no Brasil, Angola e Moçambique, adiantou Ferreira de Oliveira. Já em Portugal, a Galp está na pesquisa em três áreas. A mais promissora é o Alentejo e a decisão sobre se vai continuar a perfurar será tomada este ano.

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