quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A negação em cinco capítulos: quando Gaspar dizia não ser necessário mais tempo para o défice - Dinheiro Vivo

A negação em cinco capítulos: quando Gaspar dizia não ser necessário mais tempo para o défice - Dinheiro Vivo

Antes, um "desvio colossal" nos números. Agora, um desvio no discurso. O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje na Comissão de Orçamento e Finanças que, pela primeira vez, Portugal poderá precisar de mais um ano para cumprir o limite do défice. Recorde algumas das suas declarações:6 setembro, 2011"Não pretendo renegociar o acordo e seria inaceitável pedir sacrifícios aos portugueses por razões de prudência. A razão por que precisamos de mais rigor é porque precisamos de resolver um problema de desequilíbrio e proteger o país das consequências muito negativas de um não cumprimento do programa”, disse em entrevista à SIC.
17 outubro, 2011
"Para ganhar credibilidade e confiança temos de mostrar que somos capazes de cumprir escrupulosamente o programa", disse Gaspar, em entrevista à RTP. Quando questionado sobre a eventual renegociação da dívida portuguesa, o ministro foi categórico: "Não!"
9 fevereiro, 2012Este dia ficou marcado pela captação conversa informal entre Vítor Gaspar e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, na qual o alemão revelou que a Alemanha estava disponível para flexibilizar a ajuda a Portugal. Este caso resultou até na suspensão do repórter de imagem da TVI por parte dos serviços de imprensa do Conselho Europeu. Mais tarde, o ministro reafirmou que o Governo manteria a mesma linha, ou seja, não pedir mais tempo nem dinheiro.
28 fevereiro, 2012"Volto a repetir: o programa do ponto de vista português é para cumprir. Os limites, os montantes, os objetivos e os prazos fazem parte de um contrato que estamos obrigados a cumprir", afirmou numa conferência de imprensa em Lisboa.
15 outubro, 2012"Pedir mais tempo ou abrandar é o desejo de muitos, mas quem pretende tem de explicar como financiar esse adiamento, quem vai emprestar dinheiro ao país, e que cortes fará no futuro. Pedir mais tempo seria pedir um alívio momentâneo que se esgotaria mais tarde", afirmou na apresentação do Orçamento do Estado para 2013.

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