sábado, 29 de setembro de 2012

Presidente da CGD alerta para risco de privatização a preços baixos - Economia - PUBLICO.PT

Presidente da CGD alerta para risco de privatização a preços baixos - Economia - PUBLICO.PT

O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Fernando Faria de Oliveira, considera que a privatização do banco nesta altura de crise pode significar a venda a um baixo preço, mas não rejeita totalmente a ideia. Em entrevista à TSF e ao jornal online Dinheiro Vivo, pede ponderação ao Governo antes de tomar uma decisão.

Faria de Oliveira afirmou também que o Governo deve avaliar se fala ou não com a oposição antes de avançar com o processo, uma vez que a privatização, mesmo que parcial, será “irreversível”.

O presidente da CGD sustenta que “há muitos critérios que devem ser tomados em consideração numa decisão de privatização do baluarte do sistema financeiro português como é a CGD”, segundo excertos da entrevista divulgados pela TSF antes da sua emissão integral.

Falou ainda sobre a alteração da Taxa Social Única (TSU), considerando que o anúncio desta medida “veio aparentemente piorar significativamente a imagem do país no exterior”. Isto porque, afirma, surgiu numa altura em que Portugal começava a convencer os mercados.

“As empresas portuguesas começavam a conseguir financiar-se no exterior. Houve obrigações lançadas pelas maiores empresas portuguesas, que tiveram procura, como no caso da EDP, dez vezes superior ao previsto. Isto significava que os mercados estavam a olhar para o país de maneira diferente”, disse.

A medida proposta por Passos Coelho sobre a TSU, entretanto abandonada, é vista pelo presidente da CGD como um erro político. “Se houvesse apenas uma diminuição da TSU para as empresas que criam emprego, se calhar tudo isto tinha passado. Juntá-la a um aumento da TSU para o trabalhadores teve o efeito que teve. Foi uma avaliação incorreta do ponto de vista político”.

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