segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Corte salarial da função pública paga duas vezes subida de juros - Dinheiro Vivo

Corte salarial da função pública paga duas vezes subida de juros - Dinheiro Vivo

Pode dizer-se que o corte de salários na Administração Central e Segurança Social chega e sobra para pagar o aumento de juros. Mas a operação da regularização de dívidas dos hospitais acabou por fazer subir a despesa efetiva total.De acordo com o boletim da execução orçamental, a folha das despesas com o pessoal continuou a registar uma forte retração nos primeiro oito meses do ano. Segundo a DGO, a rubrica sofreu um corte de 15,5% em termos homólogos, o que dá menos 1341 milhões de euros.
Esta redução é mais do dobro do agravamento da despesa com juros, que subiu cerca de 676 milhões de euros, cerca de 19%.
No entanto, ao contrário do que vinha a acontecer nos últimos meses a despesa efetiva total começou a subir em agosto. Depois de uma descida de 1,7% em julho, os gastos totais (e sem empresas públicas reclassificadas) começou a subir 0,4%.
Diz a DGO que "a despesa efetiva da Administração Central e da Segurança Social registou, até agosto de 2012, uma variação homóloga de 0,4%. Por sua vez, a despesa primária decresceu 1,2%. Este resultado
está influenciado pela transferência de 1.353,6 milhões de euros para instituições de saúde do Serviço Nacional de Saúde visando a regularização de dívidas de anos anteriores, com impacto de 3 p.p. no crescimento da despesa.
"Sem este efeito, as taxas de variação que se obteriam seriam de -2,6% e -4,4%, respetivamente."
Contudo, "as despesas com o pessoal diminuíram 15,5% (-16% até julho), refletindo o efeito decorrente da medida de suspensão do subsídio de férias, bem como a evolução do número de funcionários."

Ainda segundo a mesma análise, "a despesa com bens e serviços e outras despesas correntes aumentou 15,5 % (4,2 % em julho) devido ao pagamento de dívidas do SNS. Corrigido este fator, ter-se-ia uma redução destas despesas de cerca de 4,8% (-4,1% em julho)".

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