Governo propõe alteração de IRS para os privados | iOnline

Governo propõe alteração de IRS para os privados | iOnline

O primeiro-ministro afirmou hoje que o “IRS será o imposto privilegiado” para compensar o recuo na Taxa Social Única (TSU) e permitir a devolução de parte dos subsídios de Natal e férias, retirados este ano, aos funcionários públicos e pensionistas.
Em conferência de imprensa, após a reunião com os parceiros sociais, Pedro Passos Coelho admitiu que “tributação sobre o capital e sobre o património" poderão também "ajudar a fazer esta compensação".

Questionado sobre o eventual aumento de IVA, Passos Coelho garantiu que “não há nenhuma proposta de alteração equacionada pelo governo”. No que refere ao emprego, o primeiro-ministro afirmou que “o governo não deixará de ponderar algumas medidas para combater o desemprego mais jovem”, acrescentando que também é necessário aumentar a competitividade entre as empresas.
“Não temos o processo de ajustamento concluído. Portugal tem de fazer um esforço importante, que atinge as famílias, as empresas e o próprio Estado”, sublinhou.
“Temos vindo a ser reconhecidos externamente como um país que está disposto a ultrapassar as medidas. Temos mecanismos de garantias e de seguro que nos garantem a capacidade de financiamento”, garantiu o responsável.
Apesar de não existir consenso com os parceiros sociais, Passos Coelho disse que o governo tudo fará para que seja alcançado.
Durante a reunião de concertação social, a CGTP disse que aceita mais cortes nos salários dos trabalhadores, propondo criação de um imposto adicional de 10% sobre os dividendos, que resultaria numa receita de 1.665 milhões de euros, em alternativa ao aumento da Taxa Social Única (TSU) para os trabalhadores.