segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Precisa de uma artéria? Agora pode imprimi-la - Dinheiro Vivo

Precisa de uma artéria? Agora pode imprimi-la - Dinheiro Vivo

Centros de investigação em universidades nos Estados Unidos estudam formas de imprimir tecidos para transplantes
Laboratório
Investigadores estudam impressão 3D
D.R.
24/09/2012 | 09:43 | Dinheiro Vivo
Imagine o seguinte cenário: um paciente precisa de uma artéria para um transplante, o médico carrega num botão e de uma impressora e sai um tecido pronto para ser usado.A descrição parece retirada de um filme de fição científica, mas uma série de centros de investigação em universidades e laboratórios privados nos Estados Unidos estão a tentar transformá-la em realidade. O objetivo é criar, com base em células vivas e tecido humano, partes de corpo personalizadas prontas para transplante, com base numa impressão 3D, noticiou o The Wall Street Journal.
"Pode imprimir um tecido ponto a ponto", explica o bio-engenheiro Gordana Vunjak-Novakovic do laboratório de Células Estaminais e Engenharia de Tecidos da Universidade de Columbia. "A impressão biológica é uma tecnologia muito inteligente que pode efetivamente trazer um novo uso para uma velha tecnologia que temos em casa, a impressora a jacto de tinta", continua, citado pelo WSJ.
A Universidade de Cornell (Nova Iorque), de Wake Forest (Carolina do Norte), Missouri-Columbia são algumas das instituições de ensino estão a testar a criação de válvulas para o coração, cartilagem para os joelhos, implantes de osso ou na criação de uma unidade portátel que pode imprimir pele diretamente sobre a área do corpo queimada.
Cortar no tempo que os pacientes esperam por um transplante é o objetivo, mas até esta tecnologia estar disponível de forma mais massificada ainda vai levar algum tempo. Os pacientes terão de esperar cinco anos ou mais para que estes protótipos reúnam condições para um teste clínico. Manter os tecidos vivos e ausência de ferramentas no computador que permitam o desenho personalizado de órgãos ou tecidos são algumas das dificuldades com que os investigadores se debatem.
O preço que estes tipo de tecnologia poderá atingir também não é conhecido. No mercado Organovo Inc. já tem uma impressora 3D de tecidos disponível no mercado desde 2010, até ao momento a empresa já produziu 10 NovoGen (bioimpressoras), com um custo de centenas de milhares de dólares.

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