Na apresentação do anteprojeto da Comissão para a Reforma do IRC, Maria Luís Albuquerque foi questionada sobre a abertura do Governo para, à semelhança do IRC, estudar uma redução do IRS.
A ministra das Finanças evitou individualizar esta tributação e disse apenas que "naturalmente que a nossa preocupação abrange outros impostos".
A ministra das Finanças evitou individualizar esta tributação e disse apenas que "naturalmente que a nossa preocupação abrange outros impostos".
O Governo já tinha deixado claro que a descida da taxa de IRC aplicada às empresas era uma prioridade, mas nunca se comprometeu totalmente a rever o imposto sobre pessoas singulares.
Álvaro Santos Pereira, ex-ministro da Economia, foi o primeiro a pedir a revisão do IRS e Paulo Portas foi uma das vozes que se seguiram. Como afirmou há cerca de um mês, "no plano fiscal, a maioria deve estabelecer um calendário e objetivos firmes, para, após a reforma do IRC, iniciar, ainda nesta legislatura, o desagravamento fiscal em sede de IRS". Disse ainda que iria fazer tudo para que a taxa descesse ainda nesta legislatura.
Já o primeiro-ministro é menos taxativo e, dois dias depois, afirmou apenas que o Governo está a trabalhar para fazer um desagravamento fiscal em sede de IRS mas sem "promessas".
"Eu não posso fazer essa promessa [descida do IRS na atual legislatura], porque se o dissesse aqui isso seria uma promessa que eu não sei se tenho condições para cumprir. Isso é o que eu gostaria que acontecesse e é para isso que estamos a trabalhar", declarou Passos Coelho à data.
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