quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Saiba quanto ganham os homens mais ricos de Portugal | iOnline

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Américo Amorim reconquistou em 2013 o primeiro lugar do ranking dos homens mais ricos de Portugal, num ano em que as 25 maiores fortunas cresceram, representando 10% do produto interno bruto, revela a edição anual da revista "Exame". Mais que um sinal da retoma económica, o crescimento de 2,3 mil milhões de euros, ou de 16% face a 2012, deve-se à recuperação da Bolsa de Lisboa. O PSI 20, que integra as maiores empresas, acumula ganhos de quase 15% este ano.
A "Exame" explica a reconquista do primeiro lugar, que Amorim ocupou entre 2008 e 2011, com o facto de ter duplicado "a sua fortuna em apenas um ano, com a subida em flecha do preço das acções que detém na Galp Energia, no Banco Popular e na Corticeira Amorim". Mas o homem que tem uma fortuna avaliada em 4,5 mil milhões de euros não é remunerado pelos cargos que exerce nestas empresas cotadas.
Américo Amorim é presidente não executivo da Galp, onde é o maior accionista, mas em 2012 não recebeu remuneração pelo cargo, segundo o relatório do governo da sociedade da petrolífera que é o activo mais valioso do empresário. O mesmo documento do Banco Popular, onde Amorim foi conselheiro no ano passado, também não indica o pagamento de remuneração. O empresário vendeu entretanto a maioria das acções do banco espanhol. Na Corticeira Amorim não está nos órgãos sociais, mas Américo Amorim era administrador de mais de 50 empresas, a maioria do Grupo Amorim, que não divulgam os vencimentos.
Alexandre Soares dos Santos perdeu o primeiro lugar, mas teve uma remuneração mais alta na empresa que é responsável pelo seu património, avaliado em 2,2 mil milhões de euros. O presidente não executivo da Jerónimo Martins ganhou em 2012 uma remuneração bruta de 689 mil euros pelo cargo que deixou no início de Novembro.
No top dos dez mais ricos segue-se a família Guimarães de Mello, que concentra participações na Brisa, na CUF, na Efacec e na EDP. O seu património manteve-se estável, nos 1,7 mil milhões de euros. Vasco de Mello é o rosto mais conhecido de uma família que juntou os negócios numa holding. O gestor recebeu 592,4 mil euros o ano passado por ser presidente da Brisa, empresa que saiu da bolsa. Já outros dois milionários da lista são da família Soares dos Santos mas têm negócios separados. Fernando Figueiredo dos Santos e Maria Isabel dos Santos são o sexto e sétimo mais ricos, com um património de 574,9 milhões de euros pela participação de 10% na holding que controla a Jerónimo Martins.
Belmiro de Azevedo duplicou a sua fortuna este ano, mas mantém-se no quarto lugar na lista dos mais ricos, com património avaliado em 1,2 mil milhões de euros. O líder histórico da Sonae desempenha cargos de administração em três empresas cotadas do grupo (Sonae SGPS, Sonae Indústria e Sonae Capital) e é remunerado pelos três cargos, segundo os relatórios de governo da sociedade. No total, terá recebido 944 mil euros brutos em 2012, caso a remuneração na holding não inclua as das empresas participadas, informação que não foi possível esclarecer com a Sonae até ao fecho da edição.
Tanto Belmiro de Azevedo como Soares dos Santos, empresários que passaram o testemunho da liderança em família, têm remunerações inferiores às dos filhos que são presidentes-executivos.
António Mota entra directamente para o top 10 no oitavo lugar, beneficiando da triplicação este ano do valor bolsista da Mota-Engil. A sua fortuna vale 537,8 milhões de euros. Enquanto presidente não executivo da construtora, António Mota recebeu 596 mil euros em 2012.
Na lista dos milionários nacionais há apenas dois nomes cujo património não está historicamente ligado a empresas da bolsa. António da Silva Rodrigues, da Simoldes (moldes), entra para o 5.o lugar, com uma fortuna avaliada em 642,9 milhões de euros. A família Alves Ribeiro está no nono lugar, com uma fortuna de 505 milhões de euros, graças a negócios de construção e centros comerciais, área em que controla a Mundicenter.

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