sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Milionários portugueses aumentam 11% na pior recessão desde 1975 - Dinheiro Vivo

Milionários portugueses aumentam 11% na pior recessão desde 1975 - Dinheiro Vivo

Há mais multimilionários no mundo e estes estão cada vez mais ricos. Portugal não é exceção. Além do número de ‘super-ricos’ ter aumentado, o montante das suas fortunas também cresceu no último ano, deixando o país bem colocando entre o resto da Europa, apesar de a economia portuguesa ter sofrido no ano passado a mais profunda recessão desde 1975. As conclusões fazem parte do ‘Relatório de Ultra Riqueza no Mundo 2013’ divulgado ontem pela consultora Wealth-X e pelo banco suíço UBS.
Contas feitas, o número de multimilionários em Portugal, ou seja com fortunas superiores a 25 milhões de euros, aumentou 10,8% para 870 pessoas no último ano. São mais 85 ‘afortunados’ do que os 785 registados em 2012. Este crescimento de dois dígitos foi maior do que a média europeia (8,7%) e permitiu a Portugal ter o sexto maior crescimento de ‘super-ricos’ na Europa, sendo apenas ultrapassado pela Suíça (13,1%), Alemanha (13%), Roménia (12%), Sérvia (11,1%) e pela Grécia (11,1%), país que está numa situação económica mais grave que Portugal.
Mas não foi apenas o número de multimilionários portugueses que cresceu, o montante do seu património também aumentou.
De acordo com o relatório, o valor das fortunas dos ‘super-ricos’ nacionais cresceu 11,1%, passando de 90 para 100 mil milhões de dólares (de 67 para 75 mil milhões de euros). Novamente, o crescimento da riqueza em Portugal foi superior ao da média europeia (10,4%) e o nono maior, sendo superado pela Roménia (21,4%), Grécia (20%), Áustria e República Checa (16,7%), Suíça (14,5%), Alemanha (14,4%), Hungria (12,5%),e pela Bélgica (11,8%).
Estes números permitem a Portugal ocupar a décima segunda posição num ranking de 30 países europeus com mais multimilionários e com as maiores fortunas. Os países europeus com mais multimilionários são a Alemanha (17.820), o Reino Unido (10.910), a Suíça (6330), a França (4490) e a Itália (1625). Paralelamente, é nestes países que estão concentrados as maiores fortunas.
Analisando apenas os três primeiros lugares do pódio, os alemães têm um património de 2,35 biliões de dólares (1,75 biliões de euros), seguidos pelos britânicos com 1,38 biliões de dólares (1,02 biliões de euros), e pelos suíços com 750 mil milhões de dólares (559 mil milhões de euros).
O relatório revela ainda as 10 cidades europeias com mais ‘super-ricos’. Apesar deste ranking ser liderado por Londres, com 6360 multimilionários, a Alemanha volta a dominar ao contar com três cidades: Munique (1740), Dusseldorf (1420), Hamburgo (1380) e Frankfurt (1310).
A nível global, o relatório da consultora e do banco suíço confirma que, ao contrário do Sol, a crise quando nasce não é para todos. Em todo o mundo existem atualmente 199.235 multimilionários, mais 6,3% ou quase mais 12 mil ‘super-ricos’ que há um ano, com uma riqueza total de quase 27,8 biliões de dólares (20,7 biliões de euros), o equivalente a 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

O estudo revela ainda que o crescimento no último ano foi maior na América do Norte e na Europa (com mais 10 mil multimilionários) e um aumento total do valor das fortunas. Em sentido inverso, a desaceleração nos mercados emergentes levou a uma queda do número de ‘super-ricos’ na China e Brasil. A análise por género demonstra que a fortuna das mulheres foi maioritariamente herdada, enquanto que os homens construíram a sua própria riqueza.

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