terça-feira, 5 de novembro de 2013

Governo admite que concessão das águas "não é inevitável" | iOnline

Governo admite que concessão das águas "não é inevitável" | iOnline

Moreira da Silva, que está hoje no Parlamento no âmbito da discussão sobre o Orçamento do Estado, sublinhou que "no curto e médio prazo" o que está em causa é a reestruturação da 'holding' estatal para o sector da água

O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE), Jorge Moreira da Silva, admitiu hoje que a concessão das empresas do grupo Águas de Portugal "é uma possibilidade" e não "uma inevitabilidade".
Moreira da Silva, que está hoje no Parlamento no âmbito da discussão sobre o Orçamento do Estado, sublinhou que "no curto e médio prazo" o que está em causa é a reestruturação da 'holding' estatal para o setor da água.
"A concessão não é uma inevitabilidade, é uma possibilidade. Não vale a pena empurrarmos este Governo para uma decisão que este Governo não tomou", respondeu ao deputado da bancada comunista, Bruno Dias, que questionou o governante sobre os objetivos da privatização.
O ministro do Ambiente, que assumiu a pasta anteriormente tutelada pela ministra da Agricultura, Assunção Cristas, salientou que "não é possível ter sustentabilidade" com a atual fragmentação do setor em que "500 entidades distribuem água aos cidadãos", sublinhando que o objetivo e ter "uma gestão mais integrada das infraestruturas".
Atualmente, "a discussão deve ser mais centrada na coesão [entre litoral e interior] e não nas concessões", afirmou Moreira da Silva considerando que essa questão é "extemporânea".
O governante negou, no entanto, que a nova orgânica ministerial "ponha em causa as opções do Governo", enfatizando que o quadro legal abre esta possibilidade, mas não a coloca como "inevitabilidade".
Sobre os resíduos, reafirmou que a opção foi "autonomizar a EGF" e que o processo de privatização será desencadeado "em breve".

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