quinta-feira, 28 de junho de 2012

"Medo sobre alterações climáticas é exagerado" - Globo - DN

"Medo sobre alterações climáticas é exagerado" - Globo - DN

O presidente executivo da ExxonMobil, Rex Tillerson, afirmou hoje que os receios sobre as alterações climáticas, as perfurações e a dependência energética são exageradas, noticia a agência AP.


Durante um discurso no Conselho de Relações Externas, Tillerson admitiu que a queima de combustíveis fósseis está a aquecer o planeta, mas acrescentou que a sociedade seria capaz de se adaptar.
Os riscos associados às perfurações para obter petróleo e gás estão bem identificados e podem ser reduzidos, garantiu.
Considerou ainda que a dependência de nações estrangeiras relativamente ao petróleo não é preocupante, enquanto o acesso ao abastecimento estiver assegurado.
Tillerson censurou o público por ser "ignorante" em ciência e matemática, a comunicação social por ser "preguiçosa" e os grupos de pressão por "fabricarem medo", com conceções erradas sobre energia.
Realçou também as recentes descobertas significativas de petróleo e gás na América do Norte, que permitiram reverter o declínio na produção dos EUA nos anos recentes.
Elogiou ainda a capacidade da indústria petrolífera satisfazer o consumo mundial, durante os dois anos de instabilidade no Médio Oriente, a principal região produtora de petróleo e gás.
"Todos, em todos os lugares do Mundo, foram capazes de obter a energia que queriam para as suas economias", realçou.
Durante o seu discurso, e na sessão de perguntas e respostas que se seguiu, Tillerson abordou, entre outras, a questão das alterações climáticas.
Tillerson, ao contrário do seu antecessor Lee Raymond, reconheceu que a temperatura está a aumentar, dando por adquirido que este aumento vai ter consequências.
Porém, questionou a capacidade dos modelos climáticos predizerem a dimensão do impacto.
Considerou também que as pessoas serão capazes de se adaptarem à subida do nível das águas do mar e às alterações climáticas, que podem forçar mudanças na agricultura.
"Passámos a nossa inteira existência a adaptar-nos. Vamos adaptar-nos", disse, entendendo que "este é um problema de engenharia e que vai haver uma solução de engenharia".
Andrew Weaver, que dirige a análise e a modelação climática na Universidade canadiana de Victoria, discordou da caracterização dos modelos feita por Tillerson.
Argumentou que a modelação permite identificar em muito o tipo de alterações climáticas que são prováveis e que, acentuou, a adaptação a estas mudanças será muito mais difícil e perturbadora do que Tillerson admitiu.
Outro interveniente, Steve Coll, autor do livro recentemente publicado "Private Empire: ExxonMobil and American Power" [Império Privado: ExxonMobil e o Poder Americano], manifestou-se surpreendido por a ExxonMobil falar em adaptação às alterações climáticas, quando ainda há tempo para procurar evitar as suas piores consequências.
"Mudar cidades inteiras pode ser muito dispendioso", ilustrou.


Comentário:
Serve este discurso para demonstrar o poder da industria petrolifera e a preocupação destes com o seu negócio milionário. As pessoas não são ignorantes, as pessoas respiram o ar deste planeta e não gostam do seu cheiro, as pessoas banham-se nos diversos mares e oceanos e não gostam do seu cheiro e cor, as pessoas ingerem alimentos cuja origem e sabor desconfiam... O planeta está doente e é urgente a mudança. Uma economia baseada no petróleo é coisa de dinossauros como este senhor.
Por mais dispendiosa que seja a mudança que o planeta precisa, a longo prazo, será uma mudança favorável a toda e qualquer economia e a todo o ser vivo que habita este planeta.
O mundo vive neste momento uma grande crise económica, crise provocada por economias baseadas na industria petrolifera, modelo económico este absoleto e prejudicial em todos os aspectos.
A solução!? Energias limpas.. A descontaminação dos solos, águas e ar do planeta são imperativas... só assim poderemos ambicionar uma qualidade de vida superior.

Nenhum comentário:

Postar um comentário