terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O que é preciso para ser contratado pela Google - Dinheiro Vivo

O que é preciso para ser contratado pela Google - Dinheiro Vivo



Esqueça as médias do curso. Para ser contratado pela Google há outros critérios a ter em consideração, diz Laszlo Bock, vice-presidente sénior de Recursos Humanos da tecnológica.
Para Laszlo Bock, que comanda as contratações numa das empresas mais inovadoras do mundo, a "proporção de pessoas sem qualquer formação universitária na Google tem aumentado ao longo do tempo", sendo atualmente de 14% em muitas equipas.

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O jornal  The New York Times quis saber quais os critérios que mais importam quando a Google contrata e ficou a saber que Laszlo Bock defende que as "boas notas não fazem mal a ninguém". E adiantou: "Muitos postos exigem matemática, habilitações em computação e codificação. Por isso, se as boas notas refletem verdadeiramente as habilitações nessas áreas, isso será sempre uma vantagem."
A Google, no entanto, está de olho em muito mais: em cinco atributos, pelo menos. No caso de se tratar de uma função técnica, é, obviamente, avaliada a capacidade de codificação, e cerca de metade dos postos de trabalho na empresa são, de facto, técnicas.
Mas para cada função, a Google valoriza a capacidade cognitiva geral, a capacidade de aprendizagem e não apenas o QI (Quociente de Inteligência). Ou seja, a capacidade de processar informação em tempo real e de juntar diferentes pedaços de informação.
segundo atributo é a liderança emergente em oposição à liderança tradicional. "O que importa é, quando confrontados com um problema, o profissional intervenha, de uma maneira ou de outra, no momento oportuno."
Em terceiro e quarto lugares estão a humildade e o sentido de propriedade. Estes dois critérios são essenciais para avançar e resolver qualquer problema. Quanto à humildade, que tem de ser intelectual, esta serve para voltar atrás e adotar as melhores ideias dos outros. "Sem humildade, qualquer pessoa é incapaz de aprender", justifica Laszlo Bock. "As pessoas brilhantes raramente experimentam o falhanço, pelo que nunca aprendem a lidar com essas falhas", explica.
Finalmente, em quinto lugar, está a perícia. Ela importa, mas não é decisiva.   "Se você contratar alguém com elevada capacidade cognitiva, naturalmente curioso, disposto a aprender e com habilidades de liderança emergente para os Recursos Humanos ou Finanças, onde não têm conhecimento do conteúdo, estas especializações perdem importância", diz Laszlo Bock.


Em suma, segundo a abordagem de Bock, o talento pode revelar-se ou ser construído de tantas formas não tradicionais, que , atualmente, a contratação de funcionários tem de ser um processo ativo para todos, que vai muito além do nome das universidades e das notas académicas.

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