A maratona de negociações que precederam o arranque da Cimeira Europeia serviu apenas para expor ainda mais as divergências entre os contribuintes líquidos da UE e os beneficiários do dinheiro europeu como é o caso de Portugal. Perante o acentuar das "divergências", o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, confrontou os 27 com a possibilidade de "não apresentar" os detalhes da proposta de orçamento comunitário. As reuniões preliminares estenderam-se durante mais de seis horas, adiando o arranque da Cimeira. Esperava-se que servissem para gerar convergências. Mas, até ao arranque formal da reunião magna, os lideres não davam sinal de consenso e reinava a “incerteza em torno do desfecho”, como admitiu ao DN, uma fonte próxima das negociações.
A dramatização dos discursos começou desde cedo a dar um sinal da dificuldade das negociações com diversos líderes europeus a não excluírem a possibilidade de “chumbar” a proposta de Herman Van Rompuy. O britânico David Cameron colocou ênfase na ameaça de um veto e avisou que “a União Europeia não deverá estar imune à pressão reduzir gastos e encontrar mais eficiência, assegurando-se que gasta de forma mais sábia. Temos de fazer isso na Europa”, defendeu.
O presidente francês também ameaçou vetar a proposta secreta de Herman Van Rompuy, mas por diferentes razões das do chefe do governo inglês. “Se a Europa estivesse a procurar um acordo a todo custo, à margem da sua política comum, haveria agricultura, haveria crescimento? Eu não estarei de acordo”, avisou, François Hollande.
Mas, “ninguém na Europa deseja outra coisa que não um acordo”, avançou fonte comunitária. Já que a ausência de um orçamento obrigaria os lideres europeus a realizarem reuniões anuais para decidirem as verbas para o ano seguinte. Portugal “não teria nada a ganhar”, sem um roteiro a longo prazo, enfrentando anualmente a possibilidade de novos cortes as dotações no orçamento da UE.
A chanceler alemã, Angela Merkel, promete “fazer tudo” para que se consiga um entendimento. No entanto, à chegada à sede do Conselho não deu garantias. “Reunimo-nos para tentar um acordo. Se isso vai acontecer ainda não há certeza. Ainda há opiniões diferentes. Eu digo que devemos fazer tudo para chegar a um acordo”, admitiu a chanceler, justificando que “a instabilidade financeira torna o planeamento muito importante”. “Não posso dizer se chegaremos a uma posição comum ou se teremos de andar a discutir o assunto em reuniões anuais. Espero que se produza um resultado comum”, afirmou Angela Merkel.
Mais moderado no discurso, o italiano Mario Monti, pouco interessado em aumentar as contribuições para o orçamento comunitário, espera um orçamento “equilibrado” “Estamos muito interessados na qualidade dos resultados em termos de crescimento e equidade e justiça entre os Estados”, defendeu o chefe do governo italiano.
Por sua vez, o grego Anthony Samaras resume a espetativa dos amigos da coesão a propósito do orçamento comunitário, afirmando que se trata de “uma chave para o sucesso, porque precisamos de recuperação e crescimento”.
Além do difícil dossier das perpetivas financeiras, os 27 vão referir ainda “a acção decisiva” das forças armadas do Mali, “especialmente” o apoio do Estado Francês e de membros da UE, “para restaurar a integridade territorial e a autoridade do Estado do Mali”. “A UE compromete-se com apoio financeiro e logístico para a implantação acelerada da Missão de Apoio Internacional naquele território”, refere uma versão próxima do documento final a que o DN teve acesso.
A dramatização dos discursos começou desde cedo a dar um sinal da dificuldade das negociações com diversos líderes europeus a não excluírem a possibilidade de “chumbar” a proposta de Herman Van Rompuy. O britânico David Cameron colocou ênfase na ameaça de um veto e avisou que “a União Europeia não deverá estar imune à pressão reduzir gastos e encontrar mais eficiência, assegurando-se que gasta de forma mais sábia. Temos de fazer isso na Europa”, defendeu.
O presidente francês também ameaçou vetar a proposta secreta de Herman Van Rompuy, mas por diferentes razões das do chefe do governo inglês. “Se a Europa estivesse a procurar um acordo a todo custo, à margem da sua política comum, haveria agricultura, haveria crescimento? Eu não estarei de acordo”, avisou, François Hollande.
Mas, “ninguém na Europa deseja outra coisa que não um acordo”, avançou fonte comunitária. Já que a ausência de um orçamento obrigaria os lideres europeus a realizarem reuniões anuais para decidirem as verbas para o ano seguinte. Portugal “não teria nada a ganhar”, sem um roteiro a longo prazo, enfrentando anualmente a possibilidade de novos cortes as dotações no orçamento da UE.
A chanceler alemã, Angela Merkel, promete “fazer tudo” para que se consiga um entendimento. No entanto, à chegada à sede do Conselho não deu garantias. “Reunimo-nos para tentar um acordo. Se isso vai acontecer ainda não há certeza. Ainda há opiniões diferentes. Eu digo que devemos fazer tudo para chegar a um acordo”, admitiu a chanceler, justificando que “a instabilidade financeira torna o planeamento muito importante”. “Não posso dizer se chegaremos a uma posição comum ou se teremos de andar a discutir o assunto em reuniões anuais. Espero que se produza um resultado comum”, afirmou Angela Merkel.
Mais moderado no discurso, o italiano Mario Monti, pouco interessado em aumentar as contribuições para o orçamento comunitário, espera um orçamento “equilibrado” “Estamos muito interessados na qualidade dos resultados em termos de crescimento e equidade e justiça entre os Estados”, defendeu o chefe do governo italiano.
Por sua vez, o grego Anthony Samaras resume a espetativa dos amigos da coesão a propósito do orçamento comunitário, afirmando que se trata de “uma chave para o sucesso, porque precisamos de recuperação e crescimento”.
Além do difícil dossier das perpetivas financeiras, os 27 vão referir ainda “a acção decisiva” das forças armadas do Mali, “especialmente” o apoio do Estado Francês e de membros da UE, “para restaurar a integridade territorial e a autoridade do Estado do Mali”. “A UE compromete-se com apoio financeiro e logístico para a implantação acelerada da Missão de Apoio Internacional naquele território”, refere uma versão próxima do documento final a que o DN teve acesso.
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