Relatório do FMI diz que Atenas precisa de um novo perdão da dívida aos países da zona euro no valor de 7,4 mil milhões de euros
A quarta avaliação da troika ao segundo programa de ajustamento grego trouxe más notícias para os países da zona euro.
Segundo o relatório publicado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) - um dos três braços da troika -, para que a Grécia permaneça na zona euro e a sua dívida se torne sustentável, os restantes países terão de perdoar mais 7,4 mil milhões de euros e disponibilizar mais tranches no valor total de 11 mil milhões de euros durante os próximos dois anos. O valor de 7,4 mil milhões de euros equivale a 4% do total do PIB grego.
As soluções têm suscitado desagrado e respostas ríspidas por parte não só dos países da zona euro, mas também do Brasil e de outros países em desenvolvimento.
Citado pelo jornal inglês "Financial Times", o documento de 195 páginas do FMI explica que, "caso os investidores não sejam convencidos da credibilidade do programa de ajustamento e das políticas aplicadas na Grécia, o investimento e o crescimento podem nunca recuperar como estava programado". Para o organismo internacional, torna-se essencial "que os parceiros europeus considerem um alívio que possibilite uma redução mais rápida da dívida grega".
O "Financial Times" refere ainda que a maior parte da dívida grega é a países da zona euro, e que se espera que atinja máximos de 176% do PIB ainda este ano.
MAIS AJUDA Foram ontem transferidos pelo FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) 2,500 milhões de euros à Grécia para financiamento orça- mental e pagamento do serviço da dívida. Esta montante corresponde à primeira tranche do quinto programa de ajuda do FEEF à Grécia, que já soma 133,04 mil milhões dos 144,6 mil milhões de euros prometidos. A juntar a esta ajuda, Atenas recebeu também ontem 1500 milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).
POLÉMICA No mesmo dia em que os mecanismo de apoio europeus libertam mais tranches de ajuda a Atenas e o FMI pede mais dinheiro e um novo perdão de dívida grega, levantam-se vozes de discórdia e, se algumas já seriam esperadas, outras fizeram-se ouvir pela primeira vez.
Paulo Nogueira Batista, representante brasileiro no FMI, num comunicado escrito ao jornal "Financial Times", recusou-se a aprovar a nova tranche de ajuda grega, com o argumento de que o programa de ajuda à Grécia é fraco e não mostrará resultados futuros. Batista, que fala não só pelo Brasil mas também pela larga maioria dos países da América do Sul, apelida as políticas de ajustamento gregas de "draconianas" e acusa-as de "não darem frutos".
Outras vozes de discórdia levantam-se na Finlândia, na Holanda e, claro, na Alemanha. Um mês antes das eleições para o parlamento alemão, a chanceler não poderia receber piores notícias em pior altura. Depois de ter reiterado a semana passada que não haveria outro perdão à Grécia e que os relatórios indicavam que Atenas estava num bom caminho, Merkel vê agora o seu oportuno optimismo posto em causa.
Segundo o relatório publicado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) - um dos três braços da troika -, para que a Grécia permaneça na zona euro e a sua dívida se torne sustentável, os restantes países terão de perdoar mais 7,4 mil milhões de euros e disponibilizar mais tranches no valor total de 11 mil milhões de euros durante os próximos dois anos. O valor de 7,4 mil milhões de euros equivale a 4% do total do PIB grego.
As soluções têm suscitado desagrado e respostas ríspidas por parte não só dos países da zona euro, mas também do Brasil e de outros países em desenvolvimento.
Citado pelo jornal inglês "Financial Times", o documento de 195 páginas do FMI explica que, "caso os investidores não sejam convencidos da credibilidade do programa de ajustamento e das políticas aplicadas na Grécia, o investimento e o crescimento podem nunca recuperar como estava programado". Para o organismo internacional, torna-se essencial "que os parceiros europeus considerem um alívio que possibilite uma redução mais rápida da dívida grega".
O "Financial Times" refere ainda que a maior parte da dívida grega é a países da zona euro, e que se espera que atinja máximos de 176% do PIB ainda este ano.
MAIS AJUDA Foram ontem transferidos pelo FEEF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) 2,500 milhões de euros à Grécia para financiamento orça- mental e pagamento do serviço da dívida. Esta montante corresponde à primeira tranche do quinto programa de ajuda do FEEF à Grécia, que já soma 133,04 mil milhões dos 144,6 mil milhões de euros prometidos. A juntar a esta ajuda, Atenas recebeu também ontem 1500 milhões de euros do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE).
POLÉMICA No mesmo dia em que os mecanismo de apoio europeus libertam mais tranches de ajuda a Atenas e o FMI pede mais dinheiro e um novo perdão de dívida grega, levantam-se vozes de discórdia e, se algumas já seriam esperadas, outras fizeram-se ouvir pela primeira vez.
Paulo Nogueira Batista, representante brasileiro no FMI, num comunicado escrito ao jornal "Financial Times", recusou-se a aprovar a nova tranche de ajuda grega, com o argumento de que o programa de ajuda à Grécia é fraco e não mostrará resultados futuros. Batista, que fala não só pelo Brasil mas também pela larga maioria dos países da América do Sul, apelida as políticas de ajustamento gregas de "draconianas" e acusa-as de "não darem frutos".
Outras vozes de discórdia levantam-se na Finlândia, na Holanda e, claro, na Alemanha. Um mês antes das eleições para o parlamento alemão, a chanceler não poderia receber piores notícias em pior altura. Depois de ter reiterado a semana passada que não haveria outro perdão à Grécia e que os relatórios indicavam que Atenas estava num bom caminho, Merkel vê agora o seu oportuno optimismo posto em causa.
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