A oposição síria acusou, esta quarta-feira, a comunidade internacional de ser cúmplice, pelo silêncio, num ataque "com armas químicas" perpetrado pelo regime nos arredores de Damasco e disse que morreram mais de 1300 pessoas.
foto BASSAM KHABIEH/REUTERS |
Oposição síria divulgou imagens sobre alegadas vítimas do ataque. Há várias imagens com corpos de crianças |
As forças armadas sírias desmentiram categoricamente ter utilizado armas químicas na região e falaram de acusações "sem fundamento".
O ataque ocorreu numa altura em que peritos da ONU estão, desde domingo, na Síria para investigar as acusações de recurso a armas químicas feitas pelos dois lados em conflito.
"O que nos mata e mata os nossos filhos não é só o regime. É também a indecisão norte-americana, o silêncio dos nossos amigos. O abandono da comunidade internacional mata-nos, a indiferença dos árabes e dos muçulmanos, a hipocrisia do mundo que julgávamos livre mata-nos", declarou numa conferência de imprensa, em Istambul, George Sabra, dirigente da Coligação Nacional da Oposição.
"O regime sírio ri-se da ONU e das grandes potências quando ataca com armas químicas as imediações de Damasco numa altura em que a comissão internacional de inquérito está perto" do local, acrescentou.
"Onde está a comunidade internacional. Onde está a sua honra?", insistiu, afirmando que o ataque a uma área controlada pelos rebeldes fez 1300 mortos.
"Qualquer discurso sobre a conferência de Genebra II e as propostas políticas são inúteis com a continuação dos massacres. O que aconteceu põe fim a todos os esforços políticos pacíficos e torna absurdo qualquer discurso sobre isso", disse o dirigente da oposição.
Sabra referia-se à conferência internacional de paz sobre a Síria que está a ser preparada há meses por Washington e Moscovo.
A guerra civil na Síria, que começou com uma revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad em março de 2011, já fez mais de 100 mil mortos, segundo a ONU.
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