O Japão recuou na ideia de formalizar o abandono da energia nuclear no país até 2040. A menção a uma data concreta desapareceu de um relatório de um painel consultivo divulgado na última sexta-feira e que o Governo decidiu “levar em consideração” sem o aprovar formalmente.
Na texto divulgado na semana passada, o Japão não construiria mais centrais nucleares e as existentes seriam encerradas à medida que chegassem a um limite máximo de 40 anos de vida útil. Na prática, os últimos reactores nucleares seriam encerrados ao longo da década de 2030.
A ideia do Governo ainda é acabar com a dependência da energia nuclear, substituindo-a por mais renováveis e centrais térmicas. “Mas tornarmo-nos livres do nuclear nos anos 2030 não é algo que se consiga alcançar apenas com uma decisão política. Depende também da vontade dos utilizadores, da inovação tencológica e do ambiente internacional na área da energia nos próximos 10 a 20 anos”, disse o ministro do Comércio, Yukio Edano, que tem sob a sua tutela a política energética.
“Nós temos a intenção de ter zero de nuclear até à década de 2030, mas nunca dissemos que atingiríamos este zero até essa data”, referiu o vice-primeiro ministro, Katsuya Okada, citado pelo jornal The Guardian.
O recuo do Governo japonês frente às recomendações do painel consultivo segue-se a pressões da indústria e de outros grupos, preocupados com o futuro do sector e com a economia do país caso a energia atómica seja abandonada.
Cerca de 30% da electricidade consumida no Japão vinha de centrais nucleares, até ao acidente na central de Fukushima, na sequência do sismo e tsunami de 11 de Março de 2011. Foi o segundo maior acidente nuclear desde Tchernobil, em 1986, com explosões nos reactores, fugas radioactivas e fusão do combustível nuclear.
Desde Fukushima, quase todos os reactores japoneses foram encerrados, seja para manutenções programadas, seja para testes de segurança. Dos 50 existentes, apenas dois estão agora a funcionar. Os demais aguardam o resultado dos testes ou autorização para reentrarem em operação, algo que estará a cargo de uma nova agência regulatória para o sector, cuja criação foi formalizada esta sexta-feira pelo Governo.
A ideia do Governo ainda é acabar com a dependência da energia nuclear, substituindo-a por mais renováveis e centrais térmicas. “Mas tornarmo-nos livres do nuclear nos anos 2030 não é algo que se consiga alcançar apenas com uma decisão política. Depende também da vontade dos utilizadores, da inovação tencológica e do ambiente internacional na área da energia nos próximos 10 a 20 anos”, disse o ministro do Comércio, Yukio Edano, que tem sob a sua tutela a política energética.
“Nós temos a intenção de ter zero de nuclear até à década de 2030, mas nunca dissemos que atingiríamos este zero até essa data”, referiu o vice-primeiro ministro, Katsuya Okada, citado pelo jornal The Guardian.
O recuo do Governo japonês frente às recomendações do painel consultivo segue-se a pressões da indústria e de outros grupos, preocupados com o futuro do sector e com a economia do país caso a energia atómica seja abandonada.
Cerca de 30% da electricidade consumida no Japão vinha de centrais nucleares, até ao acidente na central de Fukushima, na sequência do sismo e tsunami de 11 de Março de 2011. Foi o segundo maior acidente nuclear desde Tchernobil, em 1986, com explosões nos reactores, fugas radioactivas e fusão do combustível nuclear.
Desde Fukushima, quase todos os reactores japoneses foram encerrados, seja para manutenções programadas, seja para testes de segurança. Dos 50 existentes, apenas dois estão agora a funcionar. Os demais aguardam o resultado dos testes ou autorização para reentrarem em operação, algo que estará a cargo de uma nova agência regulatória para o sector, cuja criação foi formalizada esta sexta-feira pelo Governo.
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