O Plano de Reabilitação Ambiental do Ecoparque de Trajouce (PRAET), aprovado pelo Ministério do Ambiente em Maio de 2009, tardou a ser concretizado por “falta de apoio financeiro”, argumenta a Tratolixo. Resolvido esse problema, os trabalhos de remoção de resíduos indevidamente depositados em Trajouce entre 2002 e 2004 arrancaram a 17 de Setembro.
“De 2009 até ao momento, em que finalmente a obra arranca com caminho assegurado e fim previsto, a empresa tem contornado da melhor maneira as dificuldades resultantes desta e de outras contrariedades ocasionadas por um período demasiado longo de gestão precipitada, que a tem lesado de modo significativo”, lê-se num comunicado divulgado pela empresa.
Nos três primeiros dias de trabalho foram removidas e transportadas mais de mil toneladas de resíduos.
O processo está a ser acompanhado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), pelo conselho de administração da empresa e directores responsáveis pela execução do plano, por uma organização não-governamental de ambiente e por uma empresa de fiscalização.
Em Maio de 2009, a Tratolixo, que gere os resíduos provenientes de Cascais, Oeiras, Sintra e Mafra, apresentou ao Ministério do Ambiente um plano de reabilitação ambiental dos solos contaminados da sua estação de tratamento, tendo obtido um parecer favorável que permitiu o arranque da intervenção que só agora se concretiza.
“O plano implicará um investimento de 2,5 milhões de euros e vai ser cumprido com meios próprios, à custa do incremento da tarifa, e resulta de uma forte vontade de resolver um grave problema ambiental que uma outra atitude de gestão, na altura certa, teria evitado”, esclarece a Tratolixo.
Algumas das medidas propostas no plano de reabilitação ambiental passam pela eliminação de fontes de contaminação dos solos, através do confinamento dos resíduos depositados nos terrenos contaminados.
A instalação de um sistema de drenagem de lixiviados e encaminhamento dos mesmos para tratamento, um sistema de drenagem de biogás e a execução das terraplenagens necessárias para criar condições adequadas de drenagem nas áreas a intervir, são outras das medidas previstas.
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