sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Scut. Mais de 40% do tráfego que passa tem isenções e descontos | iOnline

Scut. Mais de 40% do tráfego que passa tem isenções e descontos | iOnline

Nas Scut onde a cobrança começou mais cedo, maior é o volume de tráfego com direito a descontos e a isenções que podem acabar já no fim do mês.

Os automobilistas que beneficiam de descontos e isenções representam pouco mais de 40% do tráfego médio diário nas ex-Scut. As contas a que o i teve acesso referem-se aos primeiros cinco meses do ano e revelam alguma variação no grau de adesão dos utilizadores consoante a concessão em causa.
De uma maneira geral, o tráfego que goza de descontos e isenções por ser considerado local é mais elevado, em termos percentuais, nas Scut onde as portagens foram introduzidas mais cedo, desde 2010. É nas concessões do Grande Porto e do Norte Litoral que o peso dos descontos é mais elevado: 47% e 46%, respectivamente. Na Costa da Prata, a percentagem registada nos primeiros meses do ano foi da ordem dos 45% do tráfego médio diário.
Nas concessões que só começaram a ser cobradas no final do ano passado, o peso dos descontos no tráfego total é mais baixo, variando entre os 31% da Scut Algarve (Via do Infante) e os 38% da concessão Beiras Litoral e Alta. A tendência será para estas percentagens crescerem, isto se não acabarem entretanto os descontos. Considerando que é nas concessões mais antigas que existe também mais tráfego, a média ponderada global nos primeiros cinco meses do ano aponta para que cerca de 43% do tráfego médio diário das ex-Scut beneficie do regime de discriminação positiva para residentes e empresas locais. O peso deste tipo de tráfego terá sido ampliado pela fuga dos automobilistas a estas vias, na sequência da cobrança de portagens. Números divulgados ontem pelo i, para o final do ano, indicam ainda que havia 320 mil identificadores registados com direito a desconto.
O secretário de Estado das Obras Públicas e Transportes reafirmou esta quarta-feira, à RTP, que o governo terá de pôr fim ao actual regime de descontos e isenções. Sérgio Monteiro justificou esta decisão com o facto de as directivas comunitárias não permitirem diferenciação de preços em função da área de residência dos utilizadores.
O governante não revelou quando terminam os descontos nem se vai avançar com o modelo alternativo. O actual regime, que dá dez passagens grátis por mês e um desconto de 15% sobre as portagens aos automobilistas locais, deveria ter terminado em Junho deste ano. No entanto, o executivo optou por prolongá-lo três meses, até final de Setembro. Nesta portaria ficou ainda prometido um novo “regime de descontos e ou taxas de portagens reduzidas” para populações e empresas locais das regiões servidas pelas auto-estradas anteriormente sujeitas a regime sem custos para o utilizador (Scut).
Descontos por frequência Não foi possível confirmar se está a ser trabalhado um sistema alternativo, mas tendo em conta os argumentos da Comissão Europeia para contestar o regime actual – o da discriminação do preço em função da morada –, a opção mais viável passará por dar descontos em função da frequência de viagens. Esta solução já existe em outras concessões e beneficia à partida o tráfego local, que será o que passa mais vezes nas vias em causa.

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