sexta-feira, 24 de maio de 2013

Impressora 3D salvou a vida de bebé de dois meses - JN

Impressora 3D salvou a vida de bebé de dois meses - JN


Um bebé de dois meses, com graves problemas respiratórios, foi salvo graças a um implante construído numa impressora 3D, que estava em desenvolvimento na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Alguns médicos davam já o caso como perdido.
 
foto YOUTUBE/UNIVERSIDADE DE MICHIGAN
Impressora 3D salvou a vida de bebé de dois meses
Prótese impressa numa impressora 3D
 
April e Bryan Gionfriddo assistiam, impotentes, às faltas de ar diárias do 3º filho recém nascido. Numa das vezes, Kaiba começou a "ficar azul" enquanto jantavam num restaurante, contou a mãe ao jornal "ScienceDaily".
Kaiba nasceu aparentemente saudável mas, às seis semanas de vida verificou-se uma retração da parede torácica e dificuldades em alimentar-se. Aos dois meses, a situação agravou-se e os danos nos brônquios impossibilitavam a chegada de ar aos pulmões. Foi então que surgiu o diganóstico: uma má formação no aparelho respiratório (traqueia).
O bebé, então internado num hospital de Michigam, nos Estados Unidos, parava de respirar todos os dias, sendo constantemente reanimado. Sem mais soluções aparentes, os pais recorriam à fé. Os médicos haviam até alertado os progenitores para a forte possibilidade de o filho não sair do hospital com vida.
A esperança chegou da Universidade de Michigan, onde estava em desenvolvimento um novo engenho que poderia solucionar o problema de Kaiba. Contactados pelos médicos do bebé, o investigador, doutor e professor de otorrinolaringologia pediátrica, Glenn Green, em conjunto com o professor de engenharia biomédica e mecânica Scott Hollister, responderam de imediato ao apelo.
O engenho criado recorrendo à nova tecnologia de impressão a três dimensões tinha como função expandir os brônquios, funcionando como uma espécie de tala na zona da traqueia, praticamente inexistente em Kaiba.
A traqueia faz a ligação entre a laringe e os brônquios. Após instalada a prótese, os pulmões que até então não cresciam, deveriam finalmente fazê-lo. E foi precisamente isso que aconteceu.
A "tala" em questão foi desenhada a partir de uma imagem tomográfica da via respiratória da criança e com um material que será absorvido pelo corpo em três anos.
Após a cirurgia, os pulmões responderam de imediato e começaram a crescer. Os resultados promissores levaram os médicos a desligar o ventilador, que suportava a vida da criança antes da intervenção, durante 21 dias. Após este período, Kaiba teve alta, regressou a casa. Passado um ano, não houve registo de um único problema ou complicação a nível respiratório.
Os pais do bebé não escondem a felicidade que vivem: "Estamos extremamente agradecidos por tudo o que foi feito. Significou tudo, para nós.".
O caso foi exposto pelo jornal semanal "The New England Journal of Medicine", esta quinta-feira.

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