Saiba quantas vezes já aumentou a eletricidade e o gás no espaço de um ano
Aumentos têm sido sucessivos
D.R.
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No espaço de menos de um ano, os portugueses já viram aumentar a fatura da eletricidade e do gás natural por diversas ocasiões. A necessidade de fazer receita para se conseguir baixar o défice das contas públicas ou os normais aumentos anuais, agravaram sobremaneira os encargos das famílias. Veja os aumentos que no espaço de um ano fizeram subir de forma considerável a fatura da luz e do gás. -Em outubro do ano passado, o Governo anunciava a subida do IVA aplicado à eletricidade e ao gás natural. A taxa então cobrada (6%) passou para o escalão máximo (23%). Foi a antecipação de um aumento já previsto para o início de 2012 e motivado pela necessidade de conseguir receita para que o défice das contas públicas ficasse nos 5,9% acordado com a troika internacional. Outra justificação dada pelo Executivo foi de que esta subida estava em linha com o que se verifica na maioria dos países da União Europeia. - Já em janeiro deste ano, foi aplicado o aumento normal aplicado todos os anos a serviços como a eletricidade ou o gás natural. Na ocasião, os preços subiram 4%. - A 1 de julho último mais um aumento, embora aplicado de forma distinta no que concerne à eletricidade e ao gás natural. Neste último caso, tratou-se do aumento que acontece todos os anos e que, de acordo com a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), será de 6,9% para os 1,1 milhões de consumidores domésticos, ou seja, 1,58 euros a mais numa conta média de 24 euros (casal com dois filhos) ou 58 cêntimos numa conta de 13 euros (casal sem filhos). No caso da eletricidade, o aumento extraordinário foi de 2%, justificado com o fim das tarifas reguladas e com o arranque do mercado livre. Este aumento da fatura da luz refletiu-se, para já, nos 950 mil consumidores que têm contadores com potência entre 10,35 e 40,01 kvA (pequenos negócios e alguns domésticos com vivendas, quintas ou com aquecimento central e garagens com portões elétricos). - Hoje, 8 de agosto, foi noticiado que o Governo iria transferir os custos com a supervisão e acompanhamento das concessões, que até agora eram suportados pela Direção-Geral de Geologia e Energia (DGEG), para os consumidores. Na prática criando um sobrecusto a pesar nas faturas. Uma fonte oficial do Ministério da Economia diz tratar-se de “um disparate” e que não há qualquer nova taxa nem há qualquer agravamento das faturas por via da transferência dos custos com a regulação. “Esses custos já estão nas faturas há muitos anos, só que estavam em bolo e não se percebia que parte dizia respeito a cada coisa. Agora é mais transparente”, diz o Governo.
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