quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dívida do Estado a fornecedores continua a subir. Defesa dispara 780% | iOnline

Dívida do Estado a fornecedores continua a subir. Defesa dispara 780% | iOnline

As dívidas do Estado aos fornecedores a mais de 90 de dias aumentaram no primeiro semestre deste ano 83% em valor, passando de 265 milhões de euros para 485,2 milhões, de acordo com os dados disponibilizados pela Inspecção-Geral de Finanças, ao abrigo da regularização extraordinária dos pagamentos aos fornecedores do sector público.
Há no entanto um conjunto de limitações que dificultam a comparação da evolução dos pagamentos vencidos. Por um lado, a Saúde está fora destas contas. Por outro lado, estes reportam-se à Administração Central e empresas públicas. As contas para o sector empresarial local e regional só estão disponíveis até final de 2011, mas apontam igualmente para um agravamento de 75% em relação aos dados conhecidos em Março do ano passado.
Mais de 100 entidades sem números Na listagem ontem divulgada, há mais de 100 entidades que não divulgaram os valores em dívida aos fornecedores nos prazos previstos, pelo que a comparações também pode sair prejudicada.
Na nota, a IGF identifica uma dívida global de 333 milhões da administração central no primeiro semestre deste ano, número que deixa de fora as empresas públicas. Ora o sector empresarial do Estado, especialmente concentrado no Ministério da Economia, é um dos principais responsáveis pelos montantes em atraso há mais de 90 dias: 151 milhões de euros no primeiro semestre, contra cerca de 90 milhões no final do ano. Ou seja, um agravamento de 70%,
Mas a derrapagem mais expressiva no valor em falta verifica-se no Ministério da Defesa onde a dívida disparou 782% em seis meses, passando de 10,5 milhões de euros em Dezembro para 93,2 milhões de euros no final de Junho. O Instituto da Acção Social das Forças Armadas é o principal responsável por esta evolução.
Mesmo com um conjunto de limitações à comparação, os dados disponíveis já se pode concluir que, “a um mês de se completar um ano de monitorização dos pagamentos domésticos em atraso, ainda não foi possível concretizar uma trajectória sustentada de redução destas dívidas”. A conclusão é da UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental) do parlamento à execução orçamental dos primeiros ses meses do ano.
Onze meses após o início da monitorização regular e sistemática das dívidas em atraso, o “stock doméstico de pagamentos em atraso” aumentou 310 milhões de euros. Ao longo deste período, apenas por três vezes se verificou uma diminuição mensal destas dívidas, alerta a UTAO.

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