O Governo vai propor hoje aos parceiros sociais a possibilidade de um dos subsídios, de férias ou de Natal, ser pago aos trabalhadores de forma diluída ao longo dos 12 meses do ano. A medida, que consta das alterações que a bancada parlamentar da maioria PSD/CDS-PP quer incluir no Orçamento do Estado para 2013, será apresentada na reunião de hoje com as confederações da indústria (CIP), do comércio (CCP), da agricultura (CAP) e do turismo (CTP), bem como as duas centrais sindicais, CGTP e UGT.
A ideia do pagamento em duodécimos e não de uma vez só, como habitualmente, permitiria aliviar o impacto do aumento do IRS na diminuição do rendimento mensal das famílias. Em contrapartida, deixam de poder contar com aquele rendimento para fazer face a despesas anuais, como seguros ou IMI.
Mas, feitas as contas, a diluição do subsídio ao longo do ano quase não dá para compensar o aumento do IRS com os novos escalões e a e a sobretaxa de 3,5%. No caso de um salário bruto anual de 20 mil euros, por exemplo, o contribuinte vai pagar a mais todos os meses 91,60 euros de IRS, enquanto o valor mensal que receberia correspondente ao subsídio seria de 102,53 euros. Ou seja, na prática fica sem um subsídio e só recebe cerca de 10 euros a mais por mês.
A medida agrada, no entanto, aos empresários contactados pelo JN/Dinheiro Vivo, que a consideram positiva tanto para as empresas como para os trabalhadores. Para o presidente da Logoplaste, Filipe Botton, "todas as medidas que ajudem a minorar o impacto da crise junto de todos são sempre bem vindas" e confessa que na sua empresa alguns pagamentos já são realizados assim.
Já o presidente da Martifer, Carlos Martins, apesar de concordar com a medida, considera-a pouco ambiciosa, defendendo que deveria alargar-se aos dois subsídios: "Iria ajudar as empresas, que deixariam de ter sufoco no verão e no Natal e as pessoas passariam a gerir o seu dinheiro à volta disso". Mas também vê na medida uma forma de "disfarçar a pancada dos impostos".
Por sua vez, o presidente do Banco BIC Portugal, Mira Amaral, considera a proposta "simpática para as famílias", mas alerta que, para as empresas, "poderá provocar uma pressão mensal em termos de tesouraria"
A ideia do pagamento em duodécimos e não de uma vez só, como habitualmente, permitiria aliviar o impacto do aumento do IRS na diminuição do rendimento mensal das famílias. Em contrapartida, deixam de poder contar com aquele rendimento para fazer face a despesas anuais, como seguros ou IMI.
Mas, feitas as contas, a diluição do subsídio ao longo do ano quase não dá para compensar o aumento do IRS com os novos escalões e a e a sobretaxa de 3,5%. No caso de um salário bruto anual de 20 mil euros, por exemplo, o contribuinte vai pagar a mais todos os meses 91,60 euros de IRS, enquanto o valor mensal que receberia correspondente ao subsídio seria de 102,53 euros. Ou seja, na prática fica sem um subsídio e só recebe cerca de 10 euros a mais por mês.
A medida agrada, no entanto, aos empresários contactados pelo JN/Dinheiro Vivo, que a consideram positiva tanto para as empresas como para os trabalhadores. Para o presidente da Logoplaste, Filipe Botton, "todas as medidas que ajudem a minorar o impacto da crise junto de todos são sempre bem vindas" e confessa que na sua empresa alguns pagamentos já são realizados assim.
Já o presidente da Martifer, Carlos Martins, apesar de concordar com a medida, considera-a pouco ambiciosa, defendendo que deveria alargar-se aos dois subsídios: "Iria ajudar as empresas, que deixariam de ter sufoco no verão e no Natal e as pessoas passariam a gerir o seu dinheiro à volta disso". Mas também vê na medida uma forma de "disfarçar a pancada dos impostos".
Por sua vez, o presidente do Banco BIC Portugal, Mira Amaral, considera a proposta "simpática para as famílias", mas alerta que, para as empresas, "poderá provocar uma pressão mensal em termos de tesouraria"
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