sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Jardim enfrenta pela primeira vez um adversário na corrida à liderança do PSD Madeira - Política - Sol

Jardim enfrenta pela primeira vez um adversário na corrida à liderança do PSD Madeira - Política - Sol

O PSD-Madeira vive hoje um momento histórico com a realização das primeiras eleições directas em que Alberto João Jardim tem de defrontar um adversário na corrida à liderança, o presidente do município do Funchal, Miguel Albuquerque.
Jardim, até agora o incontestado dirigente social-democrata insular, que lidera o partido há mais de três décadas, confessa sentir-se «magoado» com a atitude de Miguel Albuquerque, considerando que esta constitui uma atitude de «faca nas costas».
O líder do PSD-M, que havia garantido mais uma vez que este seria o seu último mandato, argumenta que teve de alterar o seu plano, recandidatar-se e convocar um congresso antecipado para «capar» esta «golpada» dos seus adversários, que sabem que só podem derrotar o partido maioritário «por dentro».
Nos últimos tempos, Jardim tem criticado várias vezes a candidatura de Miguel Albuquerque, afirmando que é um «desempregado político» - que termina a sua carreira autárquica por limite de mandatos, tendo vencido cinco eleições no Funchal pelo PSD -, o mais «desastroso» autarca do Funchal que está integrado num grupo de "ressabiados".
Quanto a Miguel Albuquerque, que em Maio assumiu estar na corrida à liderança do PSD-M, declara que «nunca apoiou incondicionalmente ninguém», nem abdicou do seu «direito crítico», por isso decidiu candidatar-se em nome da necessidade de «renovação» e para pôr fim ao «surto de prepotência e pensamento único» do actual «dono» do partido.
Admite que Jardim «fez muito» pela Madeira, mas argumenta que a postura que adoptou ao longo do tempo fez com que o PSD regional perdesse «a sua vitalidade», fazendo com que se «fechasse numa espécie de redoma, onde o partido deixou de existir e a única coisa que existe é o líder».
Os dois candidatos declaram estar confiantes na vitória, Jardim afirmando «conhecer bem as bases do partido» e Miguel Albuquerque apostando no facto do «voto ser secreto», o que permite a muitos descontentes apostarem na mudança, «sem medo de represálias».
Em caso de derrota, Alberto João Jardim diz que vai «para férias» e «comodamente para casa assistir ao arraial que se seguirá».
Por seu turno, Albuquerque frisa que será «vencedor de qualquer maneira» porque ficará a «demonstração que não podemos pactuar com a prepotência e nem com o exercício do pensamento único», prometendo que «passará uma esponja» sobre o assunto.
O congresso regional do PSD-Madeira está agendado para 24 e 25 de Novembro e Jardim apresentou a moção de estratégia ‘Realizar Esperança’, enquanto Miguel Albuquerque é o subscritor do projecto ‘Tempo de mudança’.

Nenhum comentário:

Postar um comentário