O défice das contas públicas de Espanha em 2011 foi revisto em alta para 9,4% do PIB pelo Eurostat. A estimativa anterior era de 8,5%.
Esta correcção em alta é explicada pelo Eurostat com a reclassificação de injecções de capital do Governo de Madrid nos bancos Catalunya Caixa, Novagalicia e Unnim e com a contabilização de contas que antes não tinha sido ainda pagas pelo governo central, comunidades autónomas e municípios.
Este novo valor coloca o défice espanhol em 2011 ao mesmo nível do da Grécia e faz a dívida pública do país saltar para 69,3% do PIB, quando em 2008 – ano em que se iniciou a crise financeira e a grande recessão no Ocidente – era de 40,2% do PIB.
Em 2008, o défice público da Espanha foi de “apenas” 4,5% do PIB, mas em 2009 disparou para 11,2% e em 2010 foi de 9,7% – o que se somou à dívida anterior e a fez disparar.
Portugal mantém 4,4%
No caso de Portugal, o Eurostat manteve o défice público no valor de 4,4% do PIB, valor que já era conhecido. A dívida situa-se em 108,1% do PIB.
Estes valores representam uma subida de 0,2% do défice português e de 0,3% da dívida pública em 2011, face à anterior informação do Eurostat, e já tinham sido divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística a 28 de Setembro.
Nessa altura, o INE reviu os valores do défice e da dívida que eram de respectivamente 4,2% e 107,8%.
Os dados divulgados pelo Eurostat nesta segunda-feira, para todos países do euro e da UE, indicam que, em média, o défice dos Estados-membros da zona euro ascendeu a 4,1% do PIB no ano passado (tinha sido de 6,5% em 2010), sendo que 17 dos Estados membros superaram o limite de 3% imposto pelo Pacto de Estabilidade.
Portugal ficou assim com um défice pouco superior à média da zona euro e alinhado com os 4,4% do conjunto dos 27 Estados-membros da UE – onde 11 países chegaram ao final de 2011 com um défice superior ao português.
No que respeita à dívida pública, Portugal tinha o terceiro maior rácio face ao PIB, superado apenas pelos 170,6% da Grécia e pelos 120,7% de Itália. O da Irlanda estava muito próximo, com 106,4% do PIB.
Para 2012, o INE previu em Setembro um défice de 5% do PIB a uma dívida pública de 119,1%, quando em Março previa respectivamente 4,5% e 112,5%.
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