Gestores da Casa da Moeda gastaram 27 mil euros da empresa em despesas pessoais
Uma auditoria do Tribunal de Contas permitiu detetar um caso de desvio e apropriação indevida de fundos, que são públicos, na Imprensa Nacional Casa da Moeda. Dois gestores e cinco diretores usaram, entre 2009 e 2011 os cartões de crédito da empresa, que deveria servir exclusivamente paga pagar despesas profissionais, para financiar despesas pessoais. Existiam regras que explicavam que os cartões serviam apenas para questões de trabalho mas não havia, no entanto, maneira de financiar os gastos dos empregados, que podiam assim usar o dinheiro da empresa (e do Estado) para os fins (privados e pessoais) que entendessem.
O valor utilizado indevidamente foi estimado em 27.888,33 euros. Durante esse período, as despesas totais com cartões de crédito ascenderam aos 260 mil euros, sendo que 17 por cento desse valor foi utilizado pelo conselho de administração.
Os gestores em causa já começaram, entretanto, a devolver o dinheiro à instituição, pelo que o Tribunal de Contas optou por não aplicar sansões aos visados, por que não considera que tenha existido má-fé.
A Comissão de Trabalhadores também já reagiu, lamentando a falta de controlo que existia, do ponto de vista das despesas. «O que se vê é que há gastos que não têm controlo ou nunca tiveram controlo, porque se o Tribunal de Contas não viesse fazer uma auditoria à empresa continuávamos sem saber o que se estava a passar. Se existem salários para administradores e diretores e estes já têm subsídios não sei porque ainda precisavam de um cartão de crédito ainda por cima para despesas pessoais», disse Albino Paulo, elemento dessa comissão, à TSF.
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