segunda-feira, 17 de junho de 2013

Mulheres europeias recebem pensões 39% mais baixas que os homens - Dinheiro Vivo

Mulheres europeias recebem pensões 39% mais baixas que os homens - Dinheiro Vivo

Um novo estudo da Comissão Europeia revela que a pensão média das mulheres da União a 27 é 39% mais baixa do que a pensão média dos homens, com o Luxemburgo (47%), a Alemanha (44%) e o Reino Unido (43%) a constarem como os países onde a desigualdade é maior.
Portugal está no grupo de países com desigualdades de 33%, o maior grupo identificado no estudo, onde também aparecem Grécia, Irlanda, Áustria, Espanha e Bulgária. O estudo indica que a desigualdade média das pensões é mais do dobro da desigualdade média verificada nos salários, que ronda os 16%.
No extremo oposto estão os países da Europa de Leste: a Estónia tem a desigualdade mais baixa (4%), seguida da Eslováquia (8%), Letónia (9%), República Checa (13%), Hungria (15%) e Lituânia (15%).
A Holanda (40%), o Chipre (39%) e a França (39%) estão dentro da média europeia. Cinco outros países, Suécia, Roménia, Itália, Noruega e Eslovénia estão nos 30%.
"É assim possível dizer que em 17 dos 27 países da União Europeia, as mulheres recebem pensões 30% ou mais inferiores às dos homens", aponta o relatório.
A Finlândia (25%), Polónia (23%) e Dinamarca (19%) têm melhores resultados, mas ainda assim mostram desigualdades consideráveis ao nível das pensões.
Apesar de tudo, a relação entre os salários e as pensões não é simples. "A Estónia, que tem a menor diferença entre pensões de mulheres e homens, tem a maior diferença entre ordenados de mulheres e homens", constata a Comissão Europeia.
Por outro lado, nalguns países europeus mais de um terço das mulheres não recebe pensão, estando em causa Malta com uma lacuna de cobertura de 34%, Espanha (27%), Bélgica (17%) e Irlanda (16%).
Estudos internacionais dão conta de que a desigualdade ao nível das pensões entre homens e mulheres tem que ver com três motivos: menor participação feminina no mercado de trabalho, menos horas de trabalho e salários mais baixos.
De acordo com o estudo, o fosso diminui quando estão em causa mulheres solteiras, apesar de rondar os 17%, aumentando quando estão em causa mulheres casadas e com as mulheres divorciadas a ficarem no meio das duas.

A disparidade também está relacionada com a maternidade, apontando o estudo da Comissão Europeia que "há uma relação clara e direta entre o número de filhos e a desigualdade nas pensões", relação essa que tem maior expressão na França e menor na Dinamarca.

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