O presidente do Parlamento Europeu defende que a União Europeia deve dar mais tempo e mais dinheiro para Portugal cumprir o programa de ajustamento internacional e reduzir o défice para os 3% do PIB.
Em entrevista ao Correio da Manhã, Martin Schulz considera que Portugal "fez um grande esforço" e "sacrifícios enormes". O alemão aplaudiu também a actuação dos portugueses perante a crise que "demonstraram que estão preparados para fazer tudo por tudo para resolver os problemas do país". Por isso, o líder comunitário defende uma melhoria das condições concedidas a Lisboa: "Se Portugal precisa de mais tempo, nós devemos dar-lhe mais tempo, se precisa de mais dinheiro, devemos dar mais dinheiro".
O alemão considera que os portugueses estão a "fazer sacrifícios enormes" e que a factura do programa de ajustamento deve cair sobre os mais ricos, através de uma taxa sobre as transacções financeiras. "Há grandes bancos, seguradoras, fundos de investimento que devem contribuir com uma taxa sobre as transações, por exemplo, para a redução da dívida portuguesa. Por isso, mais uma vez, não devem ser apenas os cidadãos comuns a pagar a fatura da crise. Portugal está no bom caminho, mas o fardo deve ser mais justo", explicou Martin Schulz.
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