Em média, os governos de todas as regiões do mundo gastam actualmente mais em Defesa do que em Agricultura, tendo diminuído proporcionalmente em todo o mundo também os investimentos nos transportes e comunicações, que favoreciam o sector agrícola. Os dados fazem parte do relatório de 2012 da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), hoje divulgado em Roma e que tem como lema "Investir na Agricultura para um futuro melhor".
"Em média, os governos de todas as regiões gastam actualmente mais em Defesa do que em Agricultura. A proporção das despesas públicas na Educação também aumentaram, nomeadamente desde 1980, em todas as regiões, com excepção do Médio Oriente e Norte de África, tendo em todas as regiões aumentado as dotações para a Saúde ou Protecção Social, ou ambas", diz o documento.
Estas despesas podem porém favorecer o sector agrícola, diz o relatório, que nota que os investimentos públicos nos transportes e comunicações (que também o favoreciam) no entanto diminuíram na maior parte do mundo.
De acordo com o relatório, segundo os últimos dados disponíveis (2007) a região do Oriente Asiático e Pacífico gastava 6,5 por cento do orçamento em Agricultura e 7,2 por cento em Defesa, a Europa e Ásia Central 2,1 e 9,9 por cento (respectivamente), a América Latina 1,9 e 3,3 por cento, o Médio Oriente e Norte de África 3,1 e 10,5 por cento, e a África subsaariana 2,7 e 5,4 por cento.
O documento diz também que o investimento em investigação no sector agrícola é muito maior nos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimento, sendo que a maior parte das despesas em investigação nos países de baixos e médios rendimentos se concentra num pequeno grupo de Estados.
"A China representa cerca de dois terços do total de gastos em investigação agrícola no Oriente Asiático e Pacífico", diz o relatório, segundo o qual na América Latina é o Brasil que tem a maior fatia em investigação (42 por cento do total, em 2006).
José Graziano da Silva, o director geral da FAO, alerta no documento que estabilizou ou baixou o investimento público e privado por cada trabalhador agrícola nas regiões mais pobres, onde "com demasiada frequência" os investimentos públicos na Agricultura não obtêm a esperada produtividade, redução da pobreza e sustentabilidade.
"Não há dúvida de que se devem destinar mais recursos públicos à Agricultura", avisa o responsável, que advoga também "uma nova estratégia de investimentos que coloque os agricultores no centro" e que assente num clima geral propício para a aposta na Agricultura.
Devido à crise que o mundo atravessa, diz a FAO que não podem ser apenas os governos a investir na Agricultura, pelo que "os investidores privados, nomeadamente os próprios agricultores, devem de ocupar um lugar central em toda a estratégia de investimento na Agricultura".
A FAO lembra que a Agricultura mundial deverá de alimentar uma população estimada em mais de nove mil milhões de pessoas em 2050 e que "a maior parte do crescimento demográfico acontecerá em países que já estão afectados pela fome e pela degradação dos recursos naturais".
A organização das Nações Unidas acredita que o mundo vive um ambiente propício para o investimento agrícola, devido à manutenção de preços elevados dos produtos, que começou na última década.
"Em média, os governos de todas as regiões gastam actualmente mais em Defesa do que em Agricultura. A proporção das despesas públicas na Educação também aumentaram, nomeadamente desde 1980, em todas as regiões, com excepção do Médio Oriente e Norte de África, tendo em todas as regiões aumentado as dotações para a Saúde ou Protecção Social, ou ambas", diz o documento.
Estas despesas podem porém favorecer o sector agrícola, diz o relatório, que nota que os investimentos públicos nos transportes e comunicações (que também o favoreciam) no entanto diminuíram na maior parte do mundo.
De acordo com o relatório, segundo os últimos dados disponíveis (2007) a região do Oriente Asiático e Pacífico gastava 6,5 por cento do orçamento em Agricultura e 7,2 por cento em Defesa, a Europa e Ásia Central 2,1 e 9,9 por cento (respectivamente), a América Latina 1,9 e 3,3 por cento, o Médio Oriente e Norte de África 3,1 e 10,5 por cento, e a África subsaariana 2,7 e 5,4 por cento.
O documento diz também que o investimento em investigação no sector agrícola é muito maior nos países desenvolvidos do que nos países em desenvolvimento, sendo que a maior parte das despesas em investigação nos países de baixos e médios rendimentos se concentra num pequeno grupo de Estados.
"A China representa cerca de dois terços do total de gastos em investigação agrícola no Oriente Asiático e Pacífico", diz o relatório, segundo o qual na América Latina é o Brasil que tem a maior fatia em investigação (42 por cento do total, em 2006).
José Graziano da Silva, o director geral da FAO, alerta no documento que estabilizou ou baixou o investimento público e privado por cada trabalhador agrícola nas regiões mais pobres, onde "com demasiada frequência" os investimentos públicos na Agricultura não obtêm a esperada produtividade, redução da pobreza e sustentabilidade.
"Não há dúvida de que se devem destinar mais recursos públicos à Agricultura", avisa o responsável, que advoga também "uma nova estratégia de investimentos que coloque os agricultores no centro" e que assente num clima geral propício para a aposta na Agricultura.
Devido à crise que o mundo atravessa, diz a FAO que não podem ser apenas os governos a investir na Agricultura, pelo que "os investidores privados, nomeadamente os próprios agricultores, devem de ocupar um lugar central em toda a estratégia de investimento na Agricultura".
A FAO lembra que a Agricultura mundial deverá de alimentar uma população estimada em mais de nove mil milhões de pessoas em 2050 e que "a maior parte do crescimento demográfico acontecerá em países que já estão afectados pela fome e pela degradação dos recursos naturais".
A organização das Nações Unidas acredita que o mundo vive um ambiente propício para o investimento agrícola, devido à manutenção de preços elevados dos produtos, que começou na última década.
Nenhum comentário:
Postar um comentário