Patrões dividem-se nos benefícios de dividir subsídio em 12 meses - Dinheiro Vivo
O Governo vai discutir com os parceiros sociais a possibilidade de um dos subsídios (de férias ou de Natal) passara a ser pago em regime de duodécimos.
Esta medida integra o lote de alterações que o PSD/CDS-PP querem incluir no Orçamento do Estado para 2013 e deverá ser já abordada na reunião da Concertação Social que está marcada para terça-feira. Os patrões veem vantagens nesta diluição mensal do subsídio, mas alertam também para o efeito que terá na quebra do consumo.
O "alívio" na tesouraria das empresas é a principal vantagem que os presidentes da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e da associação PME Portugal encontram nesta proposta de pagar um dos subsídios ao ritmo de prestações mensais e não de uma vez só. Mas, alerta, João Vieira Lopes, se a opção recair no subsídio de férias, os setores da hotelaria e da restauração irão sentir uma quebra de faturação ainda maior, e o mesmo acontecerá ao comércio, se os duodécimos recaírem no subsídio de Natal.
Mais do que o ritmo de pagamento em duodécimos - que a atual lei não proíbe, de resto, - o presidente da CCP acentua que o que está em causa é sobretudo a forte subida de impostos que vai observar-se no próximo ano e que esta medida visa sobretudo suavizar a anunciada quebra do rendimento disponível. Já o presidente da Associação PME Portugal, José Alves da Silva, considera a medida vantajosa para a tesouraria das empresas e antevê que este será apenas um primeiro passo porque "a tendência em Portugal será obviamente a de retirar os subsídios de férias e de Natal nos moldes atuais e integrá-los nos vencimentos de modo a que se saiba com transparência o custo horário de um trabalhador".
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