sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A revolução das impressoras 3D - EXPRESSO

Recriar fósseis, fazer crescer órgãos ou moldar moléculas complexas... Esta nova tecnologia abre novos horizontes ao mundo da investigação e à indústria. Em foco na edição de novembro do Courrier Internaciuonal, já nas bancas.

Em 2007, Christoph Zollikofer assistiu ao nascimento do primeiro homem de Neandertal dos tempos modernos. No seu laboratório de antropologia na Universidade de Zurique, uma máquina do tamanho de uma fotocopiadora deu à luz um crânio de um bebé "Homo neanderthalensis" no final de um parto barulhento, mas sem dor, de 20 horas, ritmado pelo rugido dos motores e pelo desbaste dos plásticos.
Este milagre da modernidade foi o fruto de uma longa gestação: a partir do esqueleto de um Neandertal recém-nascido, a equipa de Zollikofer selecionou ossos que foram analisados usando um digitalizador tomográfico e depois montados no computador - um processo que demorou anos. O nascimento propriamente dito acabou por ser muito simples: Zollikofer carregou na tecla "imprimir" e a sua impressora 3D de 50 mil dólares (41 mil euros) fez o resto.
Novas técnicas mais baratas 
Zollikofer foi um dos pioneiros da impressão 3D aplicada à investigação: há 20 anos, utilizava um protótipo ainda mais caro que usava produtos tóxicos e solventes, e tinha tantas restrições que dissuadia a maior parte dos investigadores.
Hoje, novas técnicas menos onerosas ganham terreno. Como as impressoras de jato de tinta que imprimem linha a linha, as diversas impressoras 3D modernas colocam o material camada a camada sobre uma superfície, criando progressivamente uma forma. Utilizam habitualmente plástico. Outros aparelhos modelam camadas sólidas no interior de uma forma que contém plástico líquido ou em pó, geralmente com a ajuda de raios ultravioletas ou infravermelhos.
De 400 a 60 mil euros
Assim é possível imprimir qualquer forma, por mais complexa que seja. De acordo com Terry Wohlers, consultor e especialista de estudos de mercado em Fort Collins (Colorado, EUA), os sistemas em "kit" para os particulares estão disponíveis a partir de 500 dólares (400 euros), enquanto os sistemas industriais custam em média 73 mil dólares (60 mil euros).
Acrescenta que no ano passado venderam-se cerca de 30 mil impressoras em todo o mundo. Um terço destas - na gama de preços entre os 15 mil e os 30 mil dólares (12 mil e 24 mil euros) - foram adquiridas por universidades.
Leia mais na edição de novembro do Courrier Internacional, já nas bancas.

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