Os automobilistas com uma condução eficiente podem poupar cerca de
15% na factura dos combustíveis. Conheça várias dicas para poupar.
Atenção às lâmpadas que tem em casa!
Substituir
as lâmpadas de halogénio pode ser um dos conselhos mais básicos e mais
dados pelos especialistas em eficiência energética. Apesar de os
portugueses estarem disponíveis para investir nas áreas de iluminação,
bem como na utilização de energias renováveis nas suas casas, segundo
concluiu o inquérito nacional Energyprofiler - o primeiro estudo
nacional do perfil energético do sector residencial - ainda há muitos
lares com lâmpadas que não são amigas nem do ambiente nem da carteira.
Mas há mais formas de poupar em casa: desligar os aparelhos eléctricos,
usar extensões que se possam desligar e usar computadores portáteis são
apenas algumas.
Condução eficiente: devagar se vai ao longe
Condução
eficiente é o tema da nova campanha da Agência para a Energia (ADENE).
E a ideia é sensibilizar os portugueses para a importância de mudar o
seu comportamento na estrada. Alexandre Fernandes, director-geral da
ADENE, afirmou ao Diário Económico que "os automobilistas podem poupar
cerca de 15% na factura dos combustíveis com a adopção de técnicas
eficientes de condução". Por isso, conduza a uma velocidade moderada,
não faça muitas acelerações bruscas. E, claro, aproveite as descidas!
Como já estamos no Verão, cuidado com os excessos do ar condicionado
ligado.
Escolher as classes energéticas mais altas
Nunca é
demais lembrar que, ao comprar electrodomésticos, é sempre mais
vantajoso adquirir as classes mais eficientes, ou seja, entre a A e a
A++. Apesar de serem mais caros e de concorrem com as classes mais
baixas, e por isso menos eficientes, nas lojas. No ano passado, a
Comissão Europeia chegou mesmo a aprovar uma regulamentação em que
previa que os equipamentos de frio, ou seja, frigoríficos, arcas e
congeladores menos eficientes deixariam de poder entrar no mercado. Em
Portugal, diz a associação ambientalista Quercus, os equipamentos de
frio são responsáveis por 32% do consumo total de energia eléctrica no
sector doméstico.
Reduzir o consumo de gás e aproveitar o calor
São
conhecidas algumas das soluções implementadas no Parque das Nações
aquando da sua construção. O consumo de gás é bastante eficiente, de
acordo com a Climaespaço, empresa do grupo GDF SUEZ responsável pela
produção e distribuição de energia térmica no Parque da Nações. Existe
uma central de trigeração de alta eficiência utiliza, entre outros mas
principalmente o gás natural como combustível. Este aquece e arrefece a
água que é distribuída pelos edifícios. Na central foi ainda instalado
um recuperador de calor para transformar parte da energia térmica
libertada para a atmosfera em água quente, que é assim reaproveitada no
processo. Com a implementação deste sistema conseguiu-se não só aumentar
a eficiência, como reduzir o consumo de energia primária.
Centenas de milhar de euros poupados
Em grandes
instalações fabris, eficiência em alguns pontos percentuais pode
representar "uma centena de milhares de euros de poupança anual", como
refere a Cofely, especialista em serviços de energia. E dá como exemplo
a central de produção de vapor industrial alimentada a gás natural de
um cliente seu, onde se conseguiram aumentos de rendimento da ordem dos
4% através da introdução de um economizador para transformação do calor
rejeitado pelos gases de escape em água quente para reaproveitamento no
processo. Este aumento de rendimento representou uma redução do consumo
de gás na ordem dos 50 mil euros por ano, dependendo da
especificidade da instalação.
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