Ana Cristina – testemunha arrolada por Lima – nunca fora referida durante a investigação. Encontros são desmentidos por telemóvel.
O telemóvel volta a pôr em causa a defesa de Duarte Lima. Ana Cristina, advogada em Belo Horizonte, só agora apareceu neste caso e garantiu esta semana em tribunal ter estado com Duarte Lima em Belo Horizonte na véspera do crime. O i consultou o inquérito que esteve na base da acusação de homicídio que recai sobre o ex-deputado do PSD e verificou que dificilmente esse encontro terá acontecido. Isto porque os registos telefónicos mostram que às 13h11 do dia 6 de Dezembro de 2009 (véspera do crime) já o português se encontrava no Rio de Janeiro, ou seja, para trás já tinham ficado os mais de 300 km que separam aquela cidade da de Belo Horizonte – cerca de quatro horas de condução sem paragens.
Segundo a testemunha, Duarte Lima observara que Rosalina Ribeiro – sua cliente e ex-companheira de Lúcio Tomé Feteira, assassinada a 100 km do Rio – estava interessada em vender imóveis que possuía no município de Maricá, pelo que lhe pediu que providenciasse uma avaliação, motivo pelo qual se realizou o encontro entre os dois. Um encontro que a acontecer teve de ser ao início da manhã e com uma duração relâmpago, uma vez que à hora de almoço já Duarte Lima se encontrava no estado do Rio de Janeiro.
A mulher que diz ter conhecido o ex-deputado português numa livraria em Lisboa avançou ainda que Lima desembarcou no dia 5 em Belo Horizonte para visitar a ex--funcionária Marlete de Oliveira, que já várias vezes tinha sido referida na imprensa como sua amante, e que tinha sido operada a uma perna. Uma visita idêntica à que também tinha acontecido uns dias antes.
Contradições A versão de Ana Cristina Luna Carneiro de Araújo dá continuidade à versão inicial de Duarte Lima, de que este teria saído de Belo Horizonte após o almoço e chegado ao Rio à noite. Porém, os dados das operadoras móveis, e que servem de base à acusação, mostram que o telemóvel de Duarte Lima terá saído logo de manhã de Belo Horizonte, chegando ao estado do Rio perto das 13h: depois disso terá ido à região de Maricá, seguindo a mesma estrada onde Rosalina foi encontrada morta. Só após esse desvio é que Duarte Lima terá chegado ao centro do Rio de Janeiro, mas já de noite.
A audição desta nova testemunha de defesa realizou-se por carta precatória – um instrumento legal que permite que as testemunhas sejam ouvidas no tribunal da sua cidade e não no de origem do processo. Por isso mesmo, a audição de Ana Cristina aconteceu em Belo Horizonte e não em Saquarema.
A próxima inquirição de testemunha está marcada para o dia 12 de Novembro, desta vez no Rio de Janeiro. A defesa ainda não divulgou o nome da testemunha.
A Procuradoria-geral da República portuguesa recebeu uma carta rogatória enviada pelo Brasil para que Duarte Lima seja intimado a apresentar a sua defesa prévia no caso...
O telemóvel volta a pôr em causa a defesa de Duarte Lima. Ana Cristina, advogada em Belo Horizonte, só agora apareceu neste caso e garantiu esta semana em tribunal ter estado com Duarte Lima em Belo Horizonte na véspera do crime. O i consultou o inquérito que esteve na base da acusação de homicídio que recai sobre o ex-deputado do PSD e verificou que dificilmente esse encontro terá acontecido. Isto porque os registos telefónicos mostram que às 13h11 do dia 6 de Dezembro de 2009 (véspera do crime) já o português se encontrava no Rio de Janeiro, ou seja, para trás já tinham ficado os mais de 300 km que separam aquela cidade da de Belo Horizonte – cerca de quatro horas de condução sem paragens.
Segundo a testemunha, Duarte Lima observara que Rosalina Ribeiro – sua cliente e ex-companheira de Lúcio Tomé Feteira, assassinada a 100 km do Rio – estava interessada em vender imóveis que possuía no município de Maricá, pelo que lhe pediu que providenciasse uma avaliação, motivo pelo qual se realizou o encontro entre os dois. Um encontro que a acontecer teve de ser ao início da manhã e com uma duração relâmpago, uma vez que à hora de almoço já Duarte Lima se encontrava no estado do Rio de Janeiro.
A mulher que diz ter conhecido o ex-deputado português numa livraria em Lisboa avançou ainda que Lima desembarcou no dia 5 em Belo Horizonte para visitar a ex--funcionária Marlete de Oliveira, que já várias vezes tinha sido referida na imprensa como sua amante, e que tinha sido operada a uma perna. Uma visita idêntica à que também tinha acontecido uns dias antes.
Contradições A versão de Ana Cristina Luna Carneiro de Araújo dá continuidade à versão inicial de Duarte Lima, de que este teria saído de Belo Horizonte após o almoço e chegado ao Rio à noite. Porém, os dados das operadoras móveis, e que servem de base à acusação, mostram que o telemóvel de Duarte Lima terá saído logo de manhã de Belo Horizonte, chegando ao estado do Rio perto das 13h: depois disso terá ido à região de Maricá, seguindo a mesma estrada onde Rosalina foi encontrada morta. Só após esse desvio é que Duarte Lima terá chegado ao centro do Rio de Janeiro, mas já de noite.
A audição desta nova testemunha de defesa realizou-se por carta precatória – um instrumento legal que permite que as testemunhas sejam ouvidas no tribunal da sua cidade e não no de origem do processo. Por isso mesmo, a audição de Ana Cristina aconteceu em Belo Horizonte e não em Saquarema.
A próxima inquirição de testemunha está marcada para o dia 12 de Novembro, desta vez no Rio de Janeiro. A defesa ainda não divulgou o nome da testemunha.
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