A Shell vai atrasar por um ano a campanha de exploração petrolífera no Ártico. Confrontados com problemas de segurança e de custos, várias petrolíferas renunciaram também a projetos de perfuração.
Vários quilómetros abaixo das terras inóspitas e
geladas do Círculo Ártico jaz um imenso tesouro. Nesta região, cujo
clima é impiedoso e onde as temperaturas atingem frequentemente os 50
graus negativos, haverá, segundo os geólogos, quantidades suficientes de
gás e de petróleo para satisfazer as necessidades energéticas mundiais
nos próximos 125 anos.
O problema é conseguir extraí-los. A Shell foi a última
empresa petrolífera a ver-se obrigada a desistir das suas ambições
polares: em meados de setembro, o grupo anglo-holandês teve de adiar as
perfurações para 2013, devido a defeitos nos equipamentos de segurança.
Pressão dos ecologistas
Os grupos de pressão ecologistas que estão
determinados em proteger o Ártico contra qualquer tipo de exploração
também constituem um obstáculo, que a Shell e suas rivais - a britânica
BP e a russa Gazprom - precisam de ter em conta, tanto mais que as
preocupações relacionadas com a segurança subsistem desde a explosão da
plataforma Deepwater Horizon, no Golfo do México, em 2010, que era
explorada pela BP.
A decisão da Shell de adiar as suas operações ao largo
do Alasca, no Mar de Chukchi, foi triunfalmente acolhida pela
Greenpeace, cujos militantes têm vindo a seguir o navio-sonda, o Noble
Discoverer, desde que este partiu da Nova Zelândia, há seis meses.
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