O governo vai dar benefícios fiscais a onze empresas nacionais e internacionais que, num regime contratual, prometeram investir 280 milhões de euros, criar 700 novos postos de trabalho, e ainda manter outros 4387 já existentes.
Na prática, segundo anunciou hoje o ministro Paulo Portas, estas empresas comprometem-se a investir 280 milhões e em troca o governo oferece um montante máximo de incentivos de 34 milhões de euros. Isto significa "do ponto de vista de investimentos elegíveis no sistema de incentivos contratuais o maior pacote dos últimos anos", detalhou o ministro.
Este pacote é fruto de uma negociação direta com as empresas de investimento AICEP (9) e IAPMEI (2) e todas as empresas se inserem na área dos bens transacionáveis - aeronáutica, produtos médicos, mineração, vidro, têxteis, componentes automóveis e pescas. Sete são empresas estrangeiras - Brasil, Canadá, Espanha, Alemanha e Estados Unidos - e quatro nacionais.
Paulo Portas explica que os investimentos em causa serão realizados um pouco por todo o País, com especial destaque para o interior por uma questão de dinamização desta região. Em causa estarão os conselhos de Campo Maior, Paredes, Santo Tirso, Aljustrel, Figueiró dos Vinhos, Alcochete, Vila Franca de Xira, Castro Verde e Famalicão.
"É num momento difícil que precisamos de investimento para acelerar o crescimento e crescimento para acelerar investimento", afirmou Paulo Portas detalhando que o interesse demonstrado por estas empresas reafirma que Portugal está mais atrativo.
Para este pacote o governo baixou ainda o limiar mínimo previsto para investimentos de cinco milhões para três milhões de euros o que segundo Paulo Portas poderá, no futuro, ajudar "as PME a beneficiar desta negociação direta e investir no nosso País".
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