Cerca de dois anos depois da posse do XIX Governo Constitucional, um terço do elenco original saiu, em cinco momentos diferentes, e o número de membros do executivo PSD/CDS-PP aumentou de 48 para 51.
Os governantes que deixaram funções foram, na sua esmagadora maioria, secretários de Estado, mas a mudança com mais impacto foi a saída, em Abril deste ano, do ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, que era o responsável pela coordenação política do Governo.
Na sequência das legislativas de 5 de Junho de 2011, ganhas pelo PSD sem maioria absoluta, Pedro Passos Coelho formou um Governo de coligação com o CDS-PP composto por 11 ministros, juntando pastas como a economia e o emprego ou a agricultura e o ordenamento do território, e por 36 secretários de Estado.
Em resultado das várias alterações realizadas, o executivo tem agora 38 secretários de Estado e 12 ministros. O número total de membros do XIX Governo Constitucional, contando com o primeiro-ministro, subiu para 51, mais três do que no começo da legislatura.
Dos 48 governantes iniciais, 16 saíram, dos quais 15 eram secretários de Estado e um ministro, o que corresponde exactamente a um terço.
Entretanto, assumiram funções 18 novos secretários de Estado e um novo ministro. Para além disso, um secretário de Estado, Luís Marques Guedes, subiu a ministro. Houve ainda uma secretária de Estado, Ana Rita Gomes Barrosa, que entrou para o Governo no início deste ano, mas esteve menos de três meses no cargo.
O Ministério da Economia e do Emprego, dirigido por Álvaro Santos Pereira, foi aquele em que houve mais mudanças: cinco secretários de Estado foram remodelados e um saiu sem ser substituído, o que representou a perda da pasta do desenvolvimento regional, transferida para a tutela do novo ministro Miguel Poiares Maduro.
Os ministérios da Justiça, da Saúde e da Solidariedade e Segurança Social mantêm as formações originais, enquanto as Finanças conservam os seus quatro secretários de Estado iniciais e ganharam mais um, em Outubro de 2012.
A primeira alteração à composição do Governo foi pontual e aconteceu em Março de 2012, oito meses após a sua tomada posse, quando Artur Trindade foi colocado como secretário de Estado da Energia, em substituição de Henrique Gomes.
Em Outubro do mesmo ano, realizou-se uma segunda mudança ao nível das secretarias de Estado. Francisco José Viegas saiu da pasta da Cultura, sendo substituído por Jorge Barreto Xavier, e foi criada uma nova Secretaria de Estado das Finanças, separada do Tesouro, chefiada por Manuel Rodrigues.
Três meses mais tarde, no início de Fevereiro de 2013, tomaram posse sete novos secretários de Estado e seis foram exonerados, num processo que envolveu vários ministérios.
Miguel Relvas, considerado o "braço-direito" político de Pedro Passos Coelho e que este envolvido em diversas polémicas, foi o único ministro a deixar o Governo.
A sua saída levou à quarta alteração à composição do executivo, no dia 13 de abril deste ano, com a passagem de Luís Marques Guedes de secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, tutelado pelo primeiro-ministro, para ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, e com a posse de Miguel Poiares Maduro como ministro adjunto e do Desenvolvimento Regional.
Na mesma ocasião, tomaram posse quatro secretários de Estado, um dos quais, Teresa Morais, já ocupava essas funções sob a tutela do anterior ministro adjunto, e três secretários de Estado foram exonerados juntamente com Miguel Relvas, para além do até então secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques.
Nove dias depois, a 22 de Abril, realizou-se mais uma alteração, associada à anterior, com a posse de cinco secretários de Estado e a exoneração de três.
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