Ministério das Finanças continua a negociar com o Santander.
O Estado já pagou cerca de mil milhões de euros para cancelar vários contratos de swap que tinham sido assinados pelas empresas públicas, avançou hoje fonte oficial do Ministério das Finanças.
Este é o ponto de situação da negociação iniciada em Novembro do ano passado com a banca. De acordo com uma avaliação realizada pelo IGCP - e com a assessoria da consultora StormHarbour - existiam cerca de três mil milhões de euros de perdas potenciais afectas a este tipo de contratos de alto-risco. Com o cancelamento de vários destes contratos, as perdas potenciais foram reduzidas para 1.500 milhões de euros. Para isso, o Executivo pagou desde já mil milhões de euros e obteve um desconto de cerca de 500 milhões de euros.
As negociações foram já concluídas com todos os bancos, à excepção do Santander, com quem ainda decorrem conversações. "Continuamos em conversações com o Santander. Desde que seja salvaguardado o interesse do Estado, a via negocial estará sempre aberta", garantiu fonte oficial das Finanças. No caso de não haver entendimento entre as partes, e de se avançar para uma acção judicial, "é sempre possível haver acordo até existir uma sentença", acrescentou a mesma fonte.
A 26 de Abril, em conferência de imprensa, a secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, garantiu que o Governo enviou toda a informação recolhida sobre contratos de swaps para a Procuradoria Geral da República. Entretanto, o Santander já comunicou que interpôs acções nos tribunais ingleses para garantir a validade dos contratos.
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