segunda-feira, 17 de junho de 2013

Contratos a termo estão a cair menos do que previa o Governo - Dinheiro Vivo

Contratos a termo estão a cair menos do que previa o Governo - Dinheiro Vivo

A redução do número de contratos a termo na administração pública está abaixo das metas definidas no Orçamento do Estado para 2013 e o Governo pretende que os serviços reforcem a saída dos precários.
Num documento enviado aos sindicatos da função pública (Frente Comum, Fesap e STE) e que servirá de suporte às negociações que estão a decorrer hoje no Ministério das Finanças, é referido que a Síntese Estatística do Emprego Público  (SIEP) "detetou uma evolução da redução do número de trabalhadores com contrato a termo que pode implicar o incumprimento das metas estabelecidas" na lei do Orçamento do Estado de 2013.
Em causa está a redução, segundo prevê o OE, até 31 de dezembro de 2013, de pelo menos 50% do número de trabalhadores com contrato a termo resolutivo ou com nomeação trasitória face ao total registado no final de 2012.
A evolução detetada, leva o Governo a alertar as tutelas para darem "particular atenção à execução das medidas" que visem o cumprimento daquele objetivo, tendo em consideração os novos instrumentos de que vão dispor, nomeadamente o alargamento do horário de trabalho para as 40 horas e a dinamização do novo regime de requalificação.
Ao contrário do habitual, a última edição do SIEP, com dados do primeiro trimestre de 2013, não inclui a evolução do número de contratos a termo na administração pública, não havendo por isso dados disponíveis que permitam perceber quantos destes contratos existiam no final de março.

Sabe-se apenas que no final de 2012, a administração pública tinha 73.652 contratos a prazo ativos, menos 14 mil do que um ano antes.
Na revisão do memorando efetuada na sequência do 7º exame regular a Portugal, são apontados objetivos de poupanças da ordem dos 74 milhões de euros já este ano e de 214 milhões de euros em 2014 através da não renovação de contratos a termo. Cálculos efetuados pelo Dinheiro Vivo, tendo por base uma remuneração média de mil euros, indicam que cerca de 20 mil pessoas poderão ficar sem trabalho.

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