segunda-feira, 27 de julho de 2015

Está sentado? Levante-se para ler este artigo e não perder anos de vida - Ciência - DN

Está sentado? Levante-se para ler este artigo e não perder anos de vida - Ciência - DN



Está sentado? Levante-se para ler este artigo e não perder anos de vida
Ficar sentado muitas horas - mesmo com boa postura, mesmo para uma pessoa que faz exercício - é mau para a saúde. Aqui ficam seis conselhos para não se esquecer de se levantar.
Quer esteja a ler este artigo no computador, tablet ou telemóvel, é provável que esteja sentado. Uma atividade (ou falta dela) que tem sérias consequências para a saúde. "Estar muito tempo numa posição, seja ela qual for, não é bom para o sistema musculoesquelético. As nossas articulações alimentam-se de movimento", explica o médico Jorge Laíns, presidente eleito da Sociedade Internacional de Medicina Física e de Reabilitação.
E não são só as articulações: o sistema metabólico e o coração também. Assim, além das dores nas costas, estar sentado muito tempo seguido aumenta o risco de doença cardiovascular, obesidade, diabetes e até de alguns cancros, como o do cólon, lembra o médico. E segundo vários estudos, esse risco é independente da quantidade de exercício que as pessoas fazem - embora uma boa condição física seja importante, porque são os músculos que protegem as articulações e a coluna.
Agora, tente somar todas as horas que passa sentado por semana: do trabalho ao sofá de casa, sem esquecer o tempo nos transportes públicos ou no carro. Durante estes períodos gasta muito pouca energia, o que favorece o ganho de peso. Peso a mais que, por sua vez, coloca pressão nas costas, sobretudo se estiver sentado há demasiado tempo - mais de 20, 30 minutos seguidos.
Assim, além de fazer exercício regularmente, é igualmente importante fazer pausas para se levantar e dar uns passos quando está a trabalhar. Para que não se esqueça, aqui ficam seis dicas:
Diagnóstico
Comece por perceber quantas horas por dia passa sentado. Identifique os momentos em que pode evitá-lo, nomeadamente em casa e nos transportes.
Lembretes analógicos
Se trabalha em frente a um computador ou máquina afixe um lembrete num local visível: escreva um post-it, com um recado para si próprio, e deixe-o num local para o qual olhe muitas vezes.
Lembretes digitais
Instale um programa ou aplicação para avisá-lo que deve fazer uma pausa de 20 em 20 minutos e levantar-se de hora a hora. Se não trabalha com um computador, mas a conduzir ou em frente a máquina, use o telemóvel.
Está sentado? Levante-se para ler este artigo e não perder anos de vida
Truque da garrafa
Tenha uma garrafa de água pequena consigo: vai precisar de levantar-se para enchê-la.
Recados
Quando tiver um recado para dar, levante-se em vez de mandar um e-mail. Opte pelo caminho mais longo.
Exercício
Estar em boa forma é importante para suportar a tensão que estar m uito tempo sentado coloca sobre o seu corpo. Mas se já sofre de dor nas costas, aconselhe-se com o seu médico sobre o tipo de exercício: evite desportos com movimentos rá pidos, torções ou choques; a natação e a hidroginástica são indicadas.

sábado, 25 de julho de 2015

Rendimento máximo da tarifa social da luz vai subir. Veja se pode ter acesso - Dinheiro Vivo

Rendimento máximo da tarifa social da luz vai subir. Veja se pode ter acesso - Dinheiro Vivo



O rendimento máximo anual que uma família tem de ter para poder aceder à tarifa social de eletricidade vai subir 10% a 1 de agosto, anunciou esta sexta-feira, a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
Assim, a partir dessa data, todas as pessoas que vivam sozinhas e tenham um rendimento anual inferior a 5280 euros podem pedir a tarifa social à EDP, quer estejam ainda no mercado regulado (EDP Serviço Universal) ou no mercado livre (EDP Comercial). Antes o valor máximo neste caso era de 4800 euros por ano.
Se se tratar de família com dois elementos, ou seja, um casal, o rendimento máximo anual que podem ter para pedir o desconto passa dos 7200 para 7920 euros. E numa família com três elementos (casal com um filho), o limiar passa de 9600 para 10560 euros anuais.
Por fim, uma família com quatro elementos (casal com dois filhos) tem de ter um redimento anual inferior a 13.200 euros anuais para poder pedir a tarifa social. Antes esse valor era de apenas 12 mil euros.
Com estes aumentos, pretende-se que aumentem também o número de pessoas a usufruir da tarifa social que dá um desconto total de 34% na conta mensal da luz. Ou seja, quem tem esta tarifa paga apenas cerca de 20 euros por mês, o que compara com os cerca de 35 euros e uma família com rendimentos mais elevados.
Neste momento existem apenas 60 mil beneficiários da tarifa social de eletricidade, um número muito abaixo do objetivo definido pelo Governo e que era de 500 mil titulares.
Aliás, segundo explicou a ERSE no comunicado enviado esta sexta-feira, foi precisamente por as metas estarem muito áquem do esperado que o Governo procedeu à revisão da lei e estabeleceu que, se a cada seis meses, o número de beneficiários estiver abaixo dos 500 mil, então aumenta-se o rendimento máximo em mais 10%.
Quer isto dizer que, dentro de seis meses existe uma forte possibilidade de o rendimento máximo subir de novo e alargar o número de famílias que podem ter acesso a este descontro na conta da luz.
Tal como aconteceu agora, cabe ao regulador informar os operadores do mercado regulado - a EDP Serviço Universal - e os do mercado livre - EDP Comercial, Endesa, Galp, Iberdrola, Goldenergy, etc... - de que o rendimento máximo anual vai subir porque são eles que têm de pagar o desconto de 34%.
O rendimento anual máximo é apenas um dos critérios de elegibilidade para que os consumidores possam aceder à tarifa social de eletricidade, mas há outros.


Como estarem numa situação de carência socioeconómica ou sejam beneficiários de prestações sociais como o complemento solidário para idosos, o rendimento social de inserção, o subsidio social de desemprego, o abono de família, a pensão social de invalidez ou a pensão social de velhice.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Primeiro medicamento português para o cancro pode chegar em três anos - Ciência - DN

Primeiro medicamento português para o cancro pode chegar em três anos - Ciência - DN



Parte da equipa que participou no desenvolvimento do novo fármaco
Parte da equipa que participou no desenvolvimento do novo fármacoFotografia © DN
Fármaco foi desenvolvido por investigadores da Universidade de Coimbra e da Luzitin. Ensaios clínicos estão a decorrer.
O que será o primeiro medicamento português contra o cancro entrou este mês na segunda fase de ensaios clínicos em humanos, depois de concluída favoravelmente a primeira fase, e "poderá, em princípio, chegar ao mercado dentro de três anos", como afirmou ao DN Luís Almeida, o diretor médico da Luzitin, empresa de Coimbra que desenvolveu o medicamento, e que está a supervisionar os ensaios clínicos, a decorrer no Porto.
O medicamento destina-se a cancros da cabeça e pescoço - "não do cérebro", sublinha o médico -, mas poderá também, no futuro, ter muitas outras indicações, como é o caso do cancro das vias biliares, esse mais raro.
Os resultados do primeiro ensaio clínico, que envolveu seis doentes e já terminou, "foram favoráveis", diz Luís Almeida. Nesta fase tratou-se de, começando com doses muito baixas, ou subterapêuticas, ir aumentando a quantidade até se encontrar a dose simul-taneamente eficaz e bem tolerada. "Isso foi concretizado, encontrou-se uma dose eficaz e bem tolerada, e com efeitos adversos muito baixos, o que é incomum em medicamentos oncológicos", sublinha Luís Almeida.
A outra boa notícia é que o organismo humano metaboliza bem o medicamento e elimina-o rapidamente, quando ele não é ativado.
No seguimento daqueles resultados, o Infarmed aprovou então a segunda fase de ensaios clínicos, que já se iniciou a 1 de julho. Para já, estão envolvidos três doentes, mas até ao final de outubro vão ser recrutados outros nove, para se chegar a um total de 12. Durante as primeiras semanas de janeiro deverão ser conhecidos os resultados do ensaio.
"Nesta fase, o objetivo é identificar a melhor dose para o tratamento de cada doente", explica o responsável clínico da Luzitin.
Luís Almeida está confiante. "Neste momento tudo indica que os resultados positivos que esperamos vão acontecer", diz. E se isso se confirmar, segue-se então a submissão de um plano à Agência Europeia do Medicamento, o organismo que aprova os medicamentos para o cancro, para se fazerem ensaios clínicos confirmatórios, como são designados. Só depois disso poderá haver aprovação do medicamento, para ele passar a ser utilizado. "Em princípio, dentro de três anos, este medicamento poderá chegar ao mercado", confirma o médico.
A molécula, designada Redaporfin, que foi criada por investigadores da Universidade de Coimbra, liderados pelo químico Luís Arnaut, e depois desenvolvida e otimizada na Luzitin, com este mesmo investigador a dirigir a Química Medicinal do projeto, atua sobre os tecidos cancerosos por ativação fotodinâmica. Ou seja, o doente recebe o medicamento e este é depois ativado por um laser que o induz a atuar sobre as células tumorais a que se agregou, destruindo--as. Este processo permite uma destruição muito precisa dos tecidos cancerosos. O medicamento não ativado é depois facilmente eliminado pelo organismo.
"Em princípio não será necessário mais do que um tratamento, a menos que haja vantagem em repeti-lo", explica Luís Almeida, sublinhando que "nesta fase, o medicamento está a ser estudado para cancros em fase avançada, mas no futuro poderá ser avaliado para cancros em fase inicial".
Artigo mostra bons resultados
Os resultados dos estudos sobre os efeitos desta molécula em ratinhos, que foram coordenados por Luís Arnaut e publicados a 29 de junho no European Journal of Cancer, demonstram uma grande eficácia da molécula naquele modelo animal.
"Nos ensaios realizados, 86% dos ratinhos com tumores diversos que foram tratados com esta tecnologia ficaram curados e não se observaram efeitos secundários como sucede com os tratamentos convencionais, como é o caso da quimioterapia", lê-se num comunicado da Universidade de Coimbra.
Com a segunda fase de ensaios clínicos agora decorrer em humanos, no Porto, os resultados obtidos no modelo animal "fundamentam a expectativa de que a terapia fotodinâmica com a molécula Redaporfin se revele mais eficaz do que as terapêuticas convencionais", salienta Luís Arnaut.
No artigo da European Journal of Cancer sobre os ratinhos ficou também demonstrado que a taxa de reincidência da doença é muito baixa, atestando a eficácia do fármaco. A investigação sobre esta molécula iniciou-se há mais de 10 anos e já envolveu mais de 40 investigadores dos grupos de Luís Arnaut e de Mariette Pereira, ambos da Universidade de Coimbra, e também da Luzitin, empresa que foi criada para desenvolver o fármaco.

Luz verde para a primeira vacina do mundo contra a malária - Ciência - DN

Luz verde para a primeira vacina do mundo contra a malária - Ciência - DN



A picada do mosquito que transmite o parasita Plasmodium falciparum é responsável pela malária
A picada do mosquito que transmite o parasita Plasmodium falciparum é responsável pela maláriaFotografia © EPA/STEPHEN MORRISON
"É um sonho tornado realidade. Estou a trabalhar nesta vacina há 30 anos", desabafou Ripley Ballou, o líder da investigação. Mosquirix foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento. Só falta a OMS.
A Agência Europeia do Medicamento fez uma avaliação positiva da Mosquirix, a primeira vacina contra a malária, que está agora mais perto de poder ser usada em África.
A Mosquirix, desenvolvida pela farmacêutica GlaxoSmithKline (GSK), é a primeira contra infeções de parasitas em humanos. Antes conhecida como a vacina RTS,S, foi concebida especificamente para combater a malária nas crianças africanas e não estará disponível para viajantes.
A Organização Mundial de Saúde vai decidir em outubro deste ano se irá recomendar a Mosquirix para a infância, uma vez que os resultados dos ensaios clínicos não foram lineares, indica aBBC. Conhecidos no início de 2015, testes realizados em sete países africanos demonstraram que a vacina era especialmente eficaz nas crianças entre os cinco e os 17 meses, que receberam três doses com intervalo de um mês, e uma quarta de reforço aos 20 meses. Neste grupo, casos severos de malária diminuiram num terço em quatro anos. Mas a quarta dose, de reforço, é fundamental: se não for tomada, a vacina perde eficácia.
A OMS está também reticente na aprovação da vacina por ter ficado provado que esta não protege os recém-nascidos da doença. Os médicos da organização esperavam que a vacina pudesse ser administrada às seis, dez e 14 semanas, em simultâneo com outras vacinas para a infância. Por estar desencontrada do calendário de vacinação, uma vez que se torna eficaz só a partir dos cinco meses, a Mosquirix irá exigir uma logistíca difícil em África, com custos extra, pois teria de ser incluída individualmente num calendário pensado para rentabilizar da melhor forma todas as deslocações para vacinas.
Ainda assim, e mesmo com eficácia diminuída, a nova vacina poderá ter um papel importante no controlo da doença, que mata cerca de 584 mil pessoas por ano em todo o mundo. A maioria são crianças que vivem na África subsariana.
Ripley Ballou, o líder da investigação no departamento de vacinas na GSK, disse à estação britânica que a "luz verde" da Agência Europeia do Medicamento é "um sonho tornado realidade". "Estou a trabalhar nesta vacina há 30 anos", explicou. A farmacêutica não revelou o preço da Mosquirix, mas garantiu que não vai procurar obter lucro.
A GSK começou a desenvolver a vacina da malária em, 1985, tendo realizado os primeiros ensaios clínicos em 1998. Em 2001, uma parceria com a PATH Malaria Vaccine, estabelecida com o apoio monetário da Fundação Bill e Melinda Gates, permitiu acelerar a investigação.
A Mosquirix atua fazendo o sistema imunitário defender-se, nas primeiras etapas da infeção, do parasita Plasmodium falciparum, o principal responsável pela malária, que penetra na corrente sanguínea através da picada do mosquito.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Descobertas primeiras causas genéticas da depressão - Ciência - DN

Descobertas primeiras causas genéticas da depressão - Ciência - DN



Descobertas primeiras causas genéticas da depressão
Fotografia © Fernando Fontes / Global Imagens
Os resultados podem ajudar a desenvolver medicamentos mais adequados às verdadeiras causas biológicas da depressão. Um em quatro portugueses diz já ter sofrido da doença.
Um estudo científico histórico confirmou pela primeira vez uma ligação entre algumas sequências genéticas específicas e a depressão. O estudo não tem precedentes, e abre caminho para a compreensão da biologia da depressão, assim como possibilidades para novos tratamentos. Publicado na revista científica Nature, o estudo está a entusiasmar a comunidade científica.
Conforme explica um jornalista da Nature, o resultado do estudo foi surpreendente mesmo para os próprios investigadores envolvidos, que sabiam que, no passado, estudos semelhantes não tinham conseguido encontrar nenhuma sequência genética que estivesse relacionada com o desenvolvimento de sintomas de depressão.
No entanto, esta investigação relativamente pequena, cuja amostra era composta por cerca de 5000 mulheres da etnia chinesa Han, conseguiu encontrar duas sequências genéticas, ou seja, variações específicas no código genético das pessoas, no décimo cromossoma, que estão relacionadas com depressão. Essas sequências são responsáveis por menos de um ponto percentual da hipótese que alguém tem de desenvolver depressão, mas a descoberta em si tem muita importância científica. Estes resultados "podem levar a possibilidades de tratamento que até hoje eram impossíveis", disse à revista The Verge um dos autores do estudo, Kenneth Kendler, da Universidade de Virginia Commonwealth.
A depressão afeta milhões de pessoas no mundo. Em 2011 Portugal era o país europeu com maior taxa da doença, e tinha a segunda maior do mundo, apenas atrás dos Estados Unidos. Um em cada quatro portugueses admite já ter sofrido de depressão.
Porquê desenvolver o estudo na China?
Encontrar uma causa genética para a depressão não é tarefa fácil, visto que esta doença se manifesta através de sintomas muito heterogéneos, e pode desenvolver-se devido a fatores ambientais que são difíceis de distinguir de outras causas. Foi para reduzir esse efeito que os cientistas se focaram apenas em mulheres de etnia Han, que viviam na China e que tinham procurado ajuda psiquiátrica para lidar com a doença. Visto que a China tem menor prevalência de depressão do que a maioria dos países ocidentais, os fatores ambientais que causam depressão estariam presentes com menor intensidade, permitindo estudar melhor a parte genética da questão.
As duas sequências genéticas encontradas serão uma parte antiga do genoma humano, cujo aparecimento antecede a saída de África. No entanto, quando o grupo de cientistas que realizou o estudo tentou verificar aquilo que tinham encontrado no genoma da população europeia, descobriu que isso não era possível. Uma explicação será a de que essa parte do genoma varia amplamente entre a população europeia e a da Ásia Oriental, pelo que fazer comparações entre etnias diferentes pode ser difícil ou mesmo impossível.
Alguns cientistas estão cépticos acerca da validade do estudo, porém. "Tenho alguma dificuldade em decidir até que ponto acredito nos resultados", disse à Verge o geneticista David Cutler, da Universidade de Emory, que não pertenceu à equipa que desenvolveu o estudo. O cientista critica a estratégia usada para verificar os resultados.
No entanto, Kenneth Kendler está mais otimista. A descoberta, afirma, pode ajudar os cientistas a perceber melhor como funciona a biologia por detrás da depressão, ou seja, a forma como esta altera o funcionamento do corpo humano para causar os seus sintomas, o que possibilitaria o desenvolvimento de medicamentos mais adequados. "A maioria dos antidepressivos que são usados agora baseiam-se em hipóteses biológicas que têm mais de 50 anos", disse o cientista co-autor do estudo à Verve. O estudo foi coordenado pelo cientista Jonathan Flint, da Universidade de Oxford.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Junho passado foi o mês mais quente no mundo desde finais do século XIX - Ciência - DN

Junho passado foi o mês mais quente no mundo desde finais do século XIX - Ciência - DN



Junho passado foi o mês mais quente no mundo desde finais do século XIX
Fotografia © Globalimagens
A temperatura média à superfície do globo de junho de 2015 foi de 0,41 graus centígrados, acima da média registada entre os anos 1981-2010 e superior em 0,76 graus à média de todo o século XX.
O passado mês de junho foi o mês mais quente em todo o planeta desde que se começaram a recolher dados, em finais do século XIX, publicou hoje a Agência Meteorológica do Japão (JMA).
A temperatura média à superfície do globo de junho de 2015 foi de 0,41 graus centígrados, acima da média registada entre os anos 1981-2010 e superior em 0,76 graus à média de todo o século XX, o que o transforma no mês mais quente desde que se recolheram dados pela primeira vez, em 1891, segundo a JMA.
Este indicador resulta da média entre as temperaturas da superfície terrestre e da oceânica.
Junho de 2015 coincidiu com a chegada de uma onda de calor que afetou sobretudo a faixa ocidental europeia. Aliás, em Portugal foi o mês mais quente dos últimos dez anos e o quinto desde 1931, com uma temperatura média do ar de quase 22 graus Celsius, "muito superior" ao normal, segundo dados divulgados pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Muitos organismos, incluindo a JMA, têm também apontando que a força exibida este ano pelo fenómeno El Niño no Oceano Pacífico terá efeitos nas temperaturas em todo o globo.
A Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, sigla em inglês), que revelou recentemente que maio passado foi o mês mais quente de sempre, deve publicar nos próximos dias o relatório referente às temperaturas médias globais de junho.
Especialistas esperam que possa haver pequenas divergências, mas consideram que o veredito será o mesmo, pelo que junho vingará como o mês mais quente no mundo da história recente.

Imagem de Plutão mostra montanhas que alcançam os 3500 metros de altitude - Ciência - DN

Imagem de Plutão mostra montanhas que alcançam os 3500 metros de altitude - Ciência - DN



Imagem de Plutão mostra montanhas que alcançam os 3500 metros de altitude
Fotografia © NASA-JHUAPL-SwRI
Sonda 'New Horizons' continua a enviar imagens, agora de grande pormenor do pequeno planeta.
A sonda espacial New Horizons continua a enviar imagens de Plutão e foi revelada a primeira que mostra em pormenor uma parte do pequeno planeta, como lhe chama a NASA. Na fotografia é possível ver montanhas que se destacam da superfície gelada e que a NASA explica no seu site que têm até 3500 metros de altitude.
Jeff Moore, do projeto New Horizons, refere que as montanhas terão cerca de cem milhões de anos e ainda podem estar num processo de evolução. "Esta é uma das superfícies mais jovens que já vimos no sistema solar", salientou Moore.


New Horizons passou, na terça-feira, a cerca de 12 500 quilómetros de Plutão, a distância mais curta de sempre, após uma viagem de mais de nove anos, em que percorreu 4,8 mil milhões de quilómetros.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cientistas descobrem ciclo solar que pode provocar 'mini-era glaciar' daqui a 15 anos - Ciência - DN

Cientistas descobrem ciclo solar que pode provocar 'mini-era glaciar' daqui a 15 anos - Ciência - DN



Montagem de imagens do Sol durante agosto de 1991 e setembro de 2001
Montagem de imagens do Sol durante agosto de 1991 e setembro de 2001Fotografia © Yohkoh/ISAS/Lockheed-Martin/NAOJ/U. Tokyo/NASA.
Novo modelo do comportamento do Sol prevê que atividade se reduza 60% durante a década de 2030.
Cientistas da Universidade de Northumbria, no nordeste de Inglaterra, descobriram detalhes sobre o ciclo solar que os leva a prever que a atividade da nossa estrela irá reduzir-se até 60% daqui a cerca de 15 anos.
Isto implica a possibilidade de o hemisfério norte da Terra ir atravessar um período gelado durante a década de 2030.
O estudo, publicado no site da Royal Astronomical Society, resulta de medições realizadas no campo magnético solar entre 1976 e 2008.
Com estes dados, foi possível criar um modelo acerca do comportamento do Sol ao longo do tempo que, segundo Valentina Zharkova, professora de matemática daquela universidade, tem uma precisão de 97%.
Zharkova e os seus colegas co-autores do estudo acreditam que a Terra poderá passar por uma "mini-era glaciar" semelhante àquela que começou en 1645 e que congelou o Rio Tamisa na região de Londres no ano de 1900.
Por seu lado, ainda que considere estas conclusões "intigrantes", o meteorologista da CNN Brandon Miller lembrou que o estudo não foi ainda publicado na totalidade, não podendo ainda ter sido analisado por outros especialistas.
"Temos muito pouca capacidade de prevêr questões específicas no ciclo solar. É mais difícil do que prever a época de tornados", afirmou a esta estação americana de televisão.

Encontro imediato com Plutão: é hoje o grande dia - Ciência - DN

Encontro imediato com Plutão: é hoje o grande dia - Ciência - DN



Encontro imediato com Plutão: é hoje o grande dia
Fotografia © REUTERS/NASA-JHUAPL-SWRI/Handout via Reuters
A sonda da NASA New Horizons passa a 12 500 quilómetros de distância do planeta-anão para uma observação sem precedentes. Veja o vídeo com a explicação da missão a Plutão.
Plutão, aqui vamos nós. A sonda da NASA New Horizons passa hoje junto ao planeta-anão e à sua maior lua, Caronte, quando forem 11.49 em Lisboa, para pela primeira vez fazer imagens e recolher dados sobre a sua superfície e atmosfera. Se tudo correr bem, os cientistas passam a dispor de um manancial de novos dados e imagens para fazer um novo retrato de Plutão e de Caronte. Esta é uma nova página na história da exploração espacial.

Com a rápida aproximação da nave ao seu alvo nas últimas semanas, as novidades começaram a chegar antes mesmo do primeiro encontro imediato de uma nave terrestre com Plutão, marcado para hoje. À distância de oito milhões de quilómetros, e depois de sete, de cinco, de um... o planeta-anão na fronteira do sistema solar foi ganhando definição e o que ainda há um mês ou dois eram apenas brilhos e sombras na sua superfície ganharam novos significados potenciais: crateras de impacto ou de vulcões, montanhas e lagos gelados de hidrogénio. Mas estas são hipóteses de trabalho, pois só com os dados recolhidos hoje pela nave, quando passar à distância de 12 500 quilómetros, será possível tirar teimas e verificar o que realmente se observa naqueles longínquos mundos.
Para isso, a New Horizons foi equipada com um conjunto de sete instrumentos, que incluem três câmaras para captar imagens, uma delas telescópica para fazer imagens de alta resolução da superfície, dois espetrómetros, um sensor de poeiras e um radar.
Durante o curto encontro previsto - a nave viaja à velocidade de 49 mil quilómetros por hora e segue depois para o interior da cintura de Kuyper, na fronteira do sistema solar -, vai ser possível fazer mapas térmicos da atmosfera e da superfície de Caronte e de Plutão, analisar a composição e a estrutura da enigmática atmosfera deste último, identificar padrões geológicos na superfície de ambos e também detetar e quantificar poeiras, de forma que aqueles dois pequenos mundos gelados vão surgir aos nossos olhos com um novo rosto.
Durante o momento crucial do voo, a nave não estará em comunicação com a Terra, porque não pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo, e por isso terão de passar algumas horas até que os primeiros sinais da sonda cheguem ao centro de controlo da missão, na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, onde a expectativa há de estar no máximo. Já falta pouco.

sábado, 11 de julho de 2015

Descoberto novo fármaco que trata leucemia infantil muito agressiva - Ciência - DN

Descoberto novo fármaco que trata leucemia infantil muito agressiva - Ciência - DN



Descoberto novo fármaco que trata leucemia infantil muito agressiva
Fotografia © João Manuel Ribeiro/Global Imagens
O novo medicamento foi eficaz contra a leucemia linfoblástica aguda em testes de laboratório.
Cientistas australianos descobriram um novo fármaco que abre a porta ao tratamento de um tipo de leucemia muito agressivo que se manifesta nas crianças, informaram hoje fontes académicas.
Este medicamento, batizado de 'PR-104', foi eficaz contra a leucemia linfoblástica aguda T, ou T-LLA, nos testes realizados em laboratório, segundo um comunicado da Universidade de Nova Gales do Sul.
A leucemia linfoblástica aguda é o cancro mais comum em crianças, sendo que 15% dos casos são do subtipo mais agressivo, conhecido como T-LLA, aquele que menos responde aos tratamentos e tende a causar recaídas.
Richard Lock e Donya Moradi Manesh, investigadores do Instituto do Cancro Infantil, da Universidade de Nova Gales do Sul, têm liderado os testes com o 'PR-104', depois de já terem sido testados cerca de 70 fármacos nos últimos dez anos.
"Acreditamos que o 'PR-104' pode ser eficaz para os pacientes que inicialmente beneficiaram de tratamentos convencionais contra a T-LLA e que posteriormente sofreram recaídas", comentou Lock.

sábado, 4 de julho de 2015

Qual o país com mais 'defaults' da história? (E não, não é a Grécia) - Dinheiro Vivo

Qual o país com mais 'defaults' da história? (E não, não é a Grécia) - Dinheiro Vivo



Primeiro 'default' da história aconteceu no ano 377 antes de Cristo na Grécia
02/07/2015 | 16:00 |  Dinheiro Vivo

Um país entra em 'default' quando não consegue cumprir as suas obrigações e compromissos financeiros junto dos seus credores e, dessa forma, entra em incumprimento. A Grécia é o caso mais recente. No entanto, não é o país que mais vezes esteve perante esta situação.
De acordo com um estudo da Universidade de Harvard, citado pela Europa Press, o país que mais vezes entrou em situação de 'default' foi, nada mais nada menos, do que a Espanha. Mais concretamente, por 14 ocasiões. A maioria delas aconteceram no século XVI, por seis vezes, e no século XIX, outras seis sendo uma delas durou 31 anos.
O estudo considera o 'default' como uma crise de dívida externa decorrente de instabilidade política, guerras e revoluções, ou por períodos de crédito barato alimentado por um aumento especulativo de empréstimos.
 
O ranking dos países com mais 'defaults', atualizado recentemente pela BBC, revela que a maioria dos países que mais vezes foram incapazes de pagar as suas dívidas ou foram forçados a reestruturá-la pertencem à América Latina. Assim, o pódio fica completo com a Venezuela e Equador (cada um com 11 'defaults'. Logo a seguir surge o Brasil, com 10.
Depois de Espanha, o país europeu que mais vezes entrou em incumprimento foi a França - 9 ocasiões - e depois a Alemanha, 8 vezes. Até Portugal surge com cadastro pior do que o da Grécia, uma vez que Lisboa entrou em 'default' por 7 vezes, enquanto que Atenas só não cumpriu os seus compromissos em 6 ocasiões.
O maior 'default' da história
Ao longo da história foram muitos os países que não conseguiram cumprir as suas obrigações financeiras para com os credores. E apesar de ser difícil quantificar, por motivos cambiais, o estudo revela que nos últimos anos o maior 'default' foi declarado pela Grécia. Mais concretamente em 2012, quando teve de reestruturar 138 mil milhões de dólares de dívida.
O segundo maior incumprimento foi da autoria da Argentina, com o famoso corralito em 2001 por uma dívida de 95 mil milhões de dólares, enquanto o terceiro lugar é ocupado pela Jamaica, quando em 2010 não conseguiu fazer face a uma dívida de 7,9 mil milhões de dólares.
O primeiro 'default' da história
Pode não lidar o ranking dos países que mais vezes entraram em incumprimento, mas foi em Atenas que tudo começou. De acordo com o estudo, o primeiro 'default' da história aconteceu no ano 377 antes de Cristo.
Surpresa ou não, foi à Grécia que coube este feito, quando uma dezena de cidades helénicas decidiram não cumprir com as suas obrigações financeiras.
Países com cadastro limpo
Quase todos os países do mundo passaram, nem que por uma vez, pela situação na qual foram incapazes e cumprir com os seus compromissos financeiros, devido a crises económicas, guerras, crises políticas.
No entanto, há um clube restrito de países com cadastro limpo e que nunca entraram em incumprimento. São eles a Suíça, Bélgica, Noruega, Coreia do Sul, Finlândia, Singapura e Nova Zelândia.